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sábado, 9 de fevereiro de 2008

Collegamento CH – Janeiro de 2008

Collegamento CH – Janeiro de 2008

Que seja como no início

Dessa vez, pensei em citar algumas frases do livro Eram tempos de guerra...
Em 1950 eu escrevi:
«Não dávamos um passo se não estivéssemos todas unidas pela mútua caridade (...).
A presença de Deus entre nós (...) transmitia à nossa alma tamanha luz, força e ardor que cumprir a vontade de Deus, qualquer que fosse, era fácil e belo.
Até mesmo amar os inimigos não custava. (...)
Além disso, as cruzes eram bênçãos»
Que seja assim também em 2008!



O cardeal Tarcisio Bertone encontra os sacerdotes focolarinos
“Esta tarde estou num oásis de paz e num momento prolongado de alegria e fecundidade espiritual, disse o card. Bertone numa saudação aos sacerdotes diocesanos focolarinos reunidos na segunda quinzena de janeiro, em Castelgandolfo, para o seu encontro anual.
É a primeira vez que, como secretário de Estado, o card. Bertone visitou, no seu Centro de Congressos, o Movimento dos Focolares. Foi recebido por mais de 600 sacerdotes provenientes de 54 países. Festa, alegria, calor, foram as notas que invadiram a sala desde a chegada do cardeal para um encontro que, desde os dias anteriores, havia suscitado grande expectativa
Foram três os testemunhos de alguns “focolares sacerdotais” sobre os efeitos que o “carisma da unidade”, vivido, provoca nos vários contextos eclesiais e sócio-culturais: da Irlanda contam como num panorama de crescente secularização, se tenha acionado um renovado relacionamento com o bispo e com os outros sacerdotes, um forte empenho nas universidades, no campo ecumênico e inter-religioso, uma presença eficaz no campo da mídia. A experiência de 2 sacerdotes da Suíça, põe em relevo a eficácia do testemunho de uma vida de unidade entre sacerdotes pelo florescimento de novas vocações e um despertar da vida eclesial. Um focolarino, uma senhora casada e um pároco da Itália (Ascoli Piceno), mostraram a influência positiva que a colaboração entre sacerdotes e leigos animados pela espiritualidade de comunhão pode ter no tecido social, infundindo nova vida na cidade, como aconteceu no mês de outubro passado quando, por ocasião de um evento promovido por jovens do Movimento dos Focolares, se conseguiu envolver as instituições civis e o povo.
O cardeal ouviu com grande interesse as narrações de vida vivida, evidenciando em seguida o seu alcance no plano eclesial.
A seguir, foram-lhe dirigidas seis perguntas, pelos sacerdotes de várias partes do mundo: desde a atuação do magistério de Bento XVI aos desafios da Igreja no mundo atual, das lacunas das comunidades eclesiais até as prioridades nas escolhas pastorais. E ainda, a missão dos Movimentos eclesiais, a atuação da “Igreja Comunhão”, a força transformadora da Palavra, a formação nos seminários, a ajuda aos sacerdotes em dificuldade. E mais, o relacionamento pessoal, quotidiano, do cardeal com o Papa.
Card. Tarcisio Bertone: “O papa, no seu comportamento pessoal (...), tem uma riqueza extraordinária de sentimentos, de doçura, de ternura. Exprime exatamente aquilo que eu definiria a teologia da ternura e é um exemplo esplêndido para nós, sacerdotes.
O Secretário de Estado ressaltou que os desafios que surgem diante dos cristãos de hoje são antes de tudo: “a irrelevância da fé na vida” e “o isolamento e a solidão”, aos quais é preciso responder criando “estruturas e praxes de comunhão”. A propósito, foram repetidas as referências feitas ao carisma de Chiara e à espiritualidade de comunhão que o mesmo suscitou. E depois de ter reconhecido o papel fundamental dos fundadores na vida da Igreja, o Secretário de Estado quis mandar uma “saudação cordial e afetuosa” a Chiara.
Falando sobre o Instituto Universitário “Sophia” que está nascendo, o cardeal o definiu como “um dom para a Igreja e para a sociedade do nosso tempo”, evidenciando os seus “objetivos de comunhão”, sobretudo o caráter acentuadamente interdisciplinar, o reflexo sobre a “formação dos líderes” e as perspectivas de incidência nos campos “político, econômico, científico e filosófico”.
Muito significativo para nós quanto o card. Bertone disse a propósito dos Movimentos eclesiais: “Os Movimentos têm plena cidadania na Igreja. A sua presença viva, eficaz e transformadora suscita atenção também nos não cristãos”. E convidou a “fortalecer o espírito e a praxe da comunhão entre novos carismas e institutos históricos”. No final, em relação às freqüentes crises dos jovens sacerdotes, convidou também a “adotar já nos seminários o paradigma da comunhão”.
Por fim, para todos os sacerdotes presentes e para todo o Movimento dos Focolares: a benção do Papa.
O encontro, cordial como nunca, se concluiu com uma informal e alegre troca de presentes com alguns membros do Conselho Geral da Obra de Maria.
Um carisma no cenário de uma cidade
No dia 7 de dezembro foi apresentado em Trento o livro: Eram os tempos de guerra.
O prefeito da cidade, Alberto Pacher, quis que o evento se realizasse na “Casa da Cidade” para dizer que a história ali contada é patrimônio de todos os cidadãos de Trento. No Palácio Jeremias estava reunida a cidade na sua pluralidade política, na sua riqueza eclesial e cultural. Eram muitos os amigos dos novos Movimentos e dos carismas antigos, do mundo da cooperação, da informação, bem representada a comunidade islâmica. Muitas pessoas comuns estavam conectadas por vídeo em três salas.
Também o dia é especial, aniversário daquele 7 de dezembro de 1943 quando Chiara, sozinha, respondeu ao chamado de doar-se a Deus.
Uma mesa redonda moderada pelo jornalista Franco De Battaglia ilustrou o conteúdo do livro, analisando-o em diferentes perspectivas.
Chiara afirmou o seu especial amor pela cidade que a viu nascer, com uma mensagem lida por Maribetta Ferrari, publicado na íntegra pelos jornais.
“… Mas ainda estamos nos primeiros tempos. Por que não ousar pensar hoje em Trento como uma cidade-testemunho dessa luz e dessa vida? Que pode irradiá-las e ser modelo daquele Ideal de unidade que viu exatamente aqui os seus primórdios?
O aplauso imediato diz a adesão e noção, um sentimento comum ao qual o prefeito Alberto Pacher dá espaço, recordando a permanência de Chiara em Trento em 2001.
“Soava como: «Quem bebe a água pensa na fonte». (...) Então, fiquei pensando quanto é difícil a função de ser parte de um dos afluentes, digamos assim, desse rio tão caudaloso que envolveu e está envolvendo milhões de pessoas em todos os ângulos do mundo.
E referindo-se aos que em Trento trabalham para o bem comum, concluiu: “Naturalmente Chiara não hesitou em nos acrescentar uma outra incumbência (...) não perde a ocasião para nos dar outra responsabilidade (...). Eu estou convencido de que também este estímulo ajudará todos nós”.
Mons. Menghini, em nome do arcebispo Luigi Bressan, abriu uma página importante da história: o relacionamento do então arcebispo, Carlo De Ferrari, com o nascente Movimento e leu uma carta importante do dia 12 de setembro de 1956 endereçada “A quem quer que seja”.
“(…) Eu disse, escrevi outra vez e repito: quem dera que os focolarinos fossem legiões”!
As notas evocativas de duas melodias populares orientais introduziram a palestra de Michel Vandeleene, o organizador do livro, uma história inédita nos detalhes.
“É mérito de Igino Giordani ter registrado e recolhido estes episódios (...) E da sua narração, com os numerosos escritos de Chiara apresentados, emana um fascínio todo especial…”.
A leitura de alguns fragmentos de Igino Giordani e da carta que Chiara escreveu à sua mãe pelo Natal de 1944, transmitiram aos presentes a força do Ideal que atraía aquele “primeiro grupo das jovens”.
A história descrita por Giordani é precedida, no livro, por outro texto de quase quarenta páginas escritas por Chiara, quase num ímpeto, em 1950.
Houve, naquela época, quem o definiu como um ‘pequeno manifesto inofensivo’. Hoje o card. Tarcísio Bertone, secretário de Estado do Vaticano, assinando o prefácio, salienta que daquelas páginas emergem as linhas de uma nova espiritualidade que responde às mais profundas exigências de comunhão da Igreja e da humanidade.
André Riccardi, convidado especial, fez uma leitura atraente e documentada sobre a missão de Chiara.
Penetrante o que disse sobre como nasce um novo Carisma na Igreja…
“(…) um cristianismo que renasce. Não é preciso ter medo de dizer, porque a história da Igreja é a história de um esqueleto que permanece, mas de uma pele que renasce”.
Uma visão sobre a função do carisma da unidade na Igreja, entre as Igrejas, as religiões, na reconstrução da Europa, no diálogo com a cultura...
“Chiara e o Movimento dos Focolares nunca se resignaram ao mundo assim como é. (…) É importante para Trento, caro prefeito,é importante para a Itália, porque são uma reserva esperança por um mundo melhor (…) a serviço de todos”.
Alberto Pacher, prefeito de Trento: “Este livro coloca as bases para uma nova história, é outro ponto de partida. Possui muitos tópicos que podem iluminar mais o percurso de muita gente… Creio que foi uma tarde da qual nos lembraremos por muito tempo”.
Abouklheir Breigheche, responsável da Comunidade Islâmica de Trento: “Com grande alegria participamos para afirmar e enfatizar esses valores que foram recordados. Chiara Lubich é um exemplo para todos. Fiquei muito interessado em ler este livro”.
Diego Schelfi, Presidente da Federação Trentina da Cooperação: “Estou muito emocionado (…), me sinto muito impressionado, próximo. O sentido profundo das palavras dos palestrantes realmente me tocaram o coração e faz com que eu me sinta muito próximo a Chiara, às suas idéias, às suas motivações”.
Franco De Bataglia, jornalista: “A cidade participou aceitando plenamente o convite de Chiara na sua mensagem: ser testemunho para o futuro. (...) E ainda, creio que emergiu a necessidade que o mundo leigo sente dos Focolares e de Chiara Lubich no mundo. As palavras de Igino Giordani “a caridade ou a atômica” parecem ter sido ditas para hoje.
Trabalhar em comunhão: muitos desafios e uma proposta.
O terceiro congresso internacional do Movimento por uma Economia de Comunhão, organizado com o Mundo da Economia e do Trabalho de Humanidade Nova, foi realizado nos dias 30 de novembro a 2 de dezembro no Centro Mariápolis de Castelgandolfo.
Os, quase, 750 participantes se reencontraram passados três anos a partir do último encontro e foram logo acolhidos pela mensagem de Chiara lida por Eli: “Portanto, se quisermos compreender hoje quais são as ‘estruturas de comunhão’ das empresas que se inspiram na Economia de comunhão, devemos necessariamente nos pautar pela espiritualidade de comunhão do carisma da unidade e pelas suas linhas de vida, que o Espírito Santo nos sugeriu nesses anos”.
A mensagem de Chiara suscitou perguntas e anseios escondidos no coração de muitos e, sobretudo, abriu novas perspectivas para o futuro de toda a Economia de Comunhão e ainda mais além.
Como acontece em todos os congressos da EdC, as experiências se entrelaçaram com as reflexões culturais e teóricas, dando origem ao conúbio pensamento-vida que é uma das notas características da EdC.
Falou-se sobretudo de trabalho, em particular das típicas características do trabalho vivido na comunhão com os outros. Hoje, de fato, o modo de trabalhar está mudando velozmente, e o elemento sempre mais crítico é a relação inter-pessoal: dela depende muitas vezes o sucesso ou o fracasso das empresas e das organizações. Há 16 anos a EdC não só está realizando um válido projeto de solidariedade com os mais necessitados, como também provando que os relacionamentos de comunhão podem mudar a forma de trabalhar, transformando-a em experiência completa e autenticamente humana.
Vera Araújo apresentou um tema sobre as dimensões antropológicas e espirituais do trabalho, demonstrando, à luz da Doutrina Social da Igreja e do carisma da unidade, como trabalhar pode ser também uma autêntica experiência mística.
Luigino Bruni aprofundou, então, as específicas formas de sofrimento associadas ao trabalho em comunhão. Trabalha-se, quando se trabalha para alguém, quando se ama, surgem por isso, também dentro das empresas da EdC, os específicos sofrimentos que se experimentam quando o amor não é correspondido e a unidade não é atingida.
Nas duas mesas redondas (“Trabalho, direitos, conflitos”, e “Os tempos da vida entre trabalho e gratuidade”), estudiosos de várias disciplinas de diferentes países, enfatizaram os novos desafios do trabalho e as perspectivas que hoje podem se abrir, alternando realismo e esperança.
Segundo Luca Crivelli, o carisma da unidade pode mudar o modo de conceber e administrar as organizações uma vez que ajuda a quem o coloca em prática a superar a estrutura hierárquica para abrir-se a formas organizativas na medida da fraternidade: os “recipientes novos” capazes de conter o “vinho novo” da comunhão, da qual Chiara falara na sua mensagem no dia anterior.
Stefano Zamagni, no último dia, salientou ainda a importância de encontrar novas fórmulas organizativas de comunhão, fórmulas que, nas palavras do economista de Bolonha, nascerão da nova universidade Sophia.
As muitas experiências evidenciaram, com a vida, como o trabalho e a comunhão podem se encontrar: a conciliação trabalho-família; as primeiras experiências de um “sindicato de comunhão”; o recomeçar quando a criminalidade organizada incendeia a fábrica; um projeto inovador “business to business” que oferece a jovens dos países do Sul a possibilidade de fazer estágios em empresas da EdC dos países do Norte do mundo; a experiência das pequenas empresas das gen 4 que demonstraram o que significa a cultura do dar: uma lição para todos e um dos momentos mais altos do congresso.
Durante os trabalhos assistiu-se ao novo vídeo sobre a EdC realizado por Margaret Coen: “Economia e Comunhão se encontram”, acolhido como um instrumento precioso para a formação e para difundir o projeto.
O congresso concluiu-se marcando com todos um encontro em São Paulo em 2011, para um grande congresso por ocasião dos 20 anos do surgimento da EdC.
Congresso Gen 2
1.500 os jovens que, na manhã de 15 de dezembro, aglomeram o Centro Mariápolis de Castelgandolfo: são as gen 2 que chegam para o seu congresso anual e os gen 2 que concluem o próprio. Provêm de 43 países dos cinco continentes. Nos semblantes é visível a alegria do reencontro nesta porção de fraternidade, de mundo unido. São muitas as dificuldades vencidas e de todo tipo como datas de exames ou colação de grau para adiar, licenças no trabalho, custos e imprevistos de viagens, algumas intercontinentais: tudo conquistado, experimentando em unidade a veracidade do Evangelho.
Juntos se quer fazer o balanço dos 40 anos do Movimento Gen, um ano rico de frutos e de eventos no mundo gen 2, um ano marcado pelas valiosas “palavras” dirigidas por Chiara aos gen e às gen por ocasião de encontros e congressos, no Centro e nas regiões.
Estas palavras colecionadas num DVD, mostram o fio de ouro que uniu e lançou o Movimento Gen 2 durante o ano. A última indica o título dado a estes congressos: “Sempre mais em frente, devemos conquistar o mundo”.
Lenços coloridos se agitam em todos os cantos da sala. Vibra-se vendo as fotografias do recente encontro de Chiara com os Centros Gen 2 mundiais. Do mesmo modo com a chegada de Eli, que vem trazer o tema de Chiara: “Jesus abandonado e as noites”, acolhido com emoção e gratidão pela confiança e o amor que os gen e as gen sentem que Chiara tem por eles.
Eli Folonari : “(…) Portanto, a nossa vida é Jesus abandonado. Vivemos como Ele, perfeitamente anulados. E isso não só quando somos muitos reunidos e um fala. Mas sempre: quando um irmão fala, devemos emudecer tudo em nós, também as inspirações divinas, para entrar nele perfeitamente, tendo-nos feito nada e por conseguinte simples. Só a simplicidade entra em toda parte. E isso significa ser um.
Momento de unidade planetária, a conferência telefônica com os gen e as gen de 46 cidades fora da Europa que via internet podem seguir também por vídeo tudo o que está acontecendo na sala de Castelgandolfo. A alegria torna-se explosiva quando Chiara, coligada, da sua casa, se dirige à platéia: “Saúdo a todos vocês de Norte a Sul, de Leste a Oeste! Estou ali com vocês ainda que não me vejam. Tchau!”
Para a segunda geração Chiara tem ainda uma entrega a fazer: está contida numa mensagem lida por Eli: “Vocês querem render o máximo pela causa a que nos propusemos: construir no mundo o reino do amor? Mantenham-se firmes, sem nunca mais desistirem, na Palavra de Deus. Ela é palavra que vem do Alto e por isso tem a potência do Alto: é espírito e vida. Eu confio em vocês, gen, para continuarem a levar o Amor, autêntico, genuíno, tal como Deus o revelou a nós com o carisma da unidade, de geração em geração. Estou com vocês, estou sempre ao seu lado! Vossa Chiara”.
O coro mundial de OBRIGADO a Chiara jamais acabaria! Escrevem-lhe de ímpeto: “Você está mesmo aqui conosco e nos acolhe com o seu amor de mãe, dando-nos tudo da sua vida e levando-nos com você para o cimo da montanha... Lançamo-nos a viver a vontade de Deus, continuando a revolução de amor”.
Doutorado honoris causa em Teologia a Chiara
O Senado e o Conselho acadêmico da Liverpool Hope University, única universidade ecumênica da Europa, conferiu unanimemente a Chiara o diploma honoris causa em Divinity, ou seja, em Teologia.
A universidade Hope – “Esperança” – nascida em 1980 da fusão de três College, dois católicos e um anglicano, é fruto da colaboração ecumênica do bispo católico com o anglicano da cidade inglesa, que se tornaram famosos pelo lema que guiou as suas pastorais: “melhor juntos”.
Visto que Chiara não podia ir até a Liverpool Hope University para a cerimônia oficial do dia 23 de janeiro, uma delegação ecumênica composta pelo seu vice-chanceler e reitor, prof. Gerald John Pillay, com a assistente pessoal, senhora Patrícia Kemble, e o secretário da Universidade, doutor Graham Donelan, da Inglaterra foram visitá-la em sua casa no dia 5 de janeiro para lhe conferir o título acadêmico.
A atmosfera, embora privada, nada perde da solenidade acadêmica e cresce de intensidade no relacionamento entre Chiara e o reitor durante a cerimônia com a leitura da menção honrosa e da entrega do atestado.
É um reconhecimento à doutrina do seu carisma no campo ecumênico: a cátedra hodierna quis homenagear a força e a dignidade da sua visão de unidade.
Chiara agradeceu aos três representantes da universidade e ofereceu como dom seus livros traduzidos em inglês. O prof. Pillay dirá que justamente lendo os seus textos colheu o que de extraordinário há no seu pensamento.
Logo em seguida a Delegação da Liverpool Hope University se transferiu para o Centro Mariápolis de Castelgandolfo, onde o evento passou à segunda fase, com um tom mais oficial, rigorosamente em inglês.
Procedendo do fundo da sala A, onde estava se realizando o encontro anual de focolarinas e focolarinos casados, os três representantes da a Liverpool Hope University são acolhidos calorosamente.
O prof. Pillay revelará mais tarde de se ter sensibilizado pela acolhida “neste lugar de alegria” – dirá –, uma alegria que transparece dos semblantes das pessoas.
Abrindo a cerimônia o secretário da universidade, doutor Donelan, procedeu a leitura da motivação do diploma. Nela é lembrada a longa e constante contribuição de Chiara “à vida da Igreja, em levar a paz e a harmonia à sociedade, em reunir de modo ecumênico cristãos de todas as denominações, em promover o diálogo e a compreensão interreligiosa”.
O reitor, Prof. Pillay, anglicano, indiano de origem sul-africana, evidenciou que “no contexto da artificiosa cultura laicista na qual vivemos hoje”, há necessidade de vias e de modelos para transcender o habitual e o mundano.
Prof. Pillay: “Hoje homenageamos uma mulher extraordinária, que não só professou, mas encarnou os valores cristãos do nosso tempo”. E concluiu: “Ao lhe conferir este doutorado honoris causa em Teologia, reconhecemos nela uma “líder”, porque Chiara jamais nos indica si mesma. Ela nos indica o caminho para Deus. Por isso, eu me uno a vocês, senhoras e senhores, para agradecer Chiara, por ser no nosso tempo um exemplo exímio de fidelidade! E que possamos, vocês e eu, ser obedientes e seguir Deus como ela fez. Agradeço muito a todos!
A mensagem de Chiara, recém-diplomada, foi lida por Joan Patrícia Back do Centro “Uno”, antiga aluna precisamente de um dos College que deu origem a esta universidade. No seu texto Chiara relembrou a sua primeira visita a Liverpool em 1965 e a sua palestra na catedral anglicana:
“Era a primeira vez, creio, que uma leiga, católica romana, falava naquele lugar. No meu Diário naquele dia anotei: ‘Hoje de manhã passamos por Liverpool. As duas catedrais, a anglicana e a católica, que está sendo construída, estão ligadas entre elas pela Hope Street, o Caminho da Esperança’. Também hoje é a Esperança que nos acolhe, nos envolve e abre horizontes novos para um futuro de unidade e de paz para todos.
E, olhando para o cenário ecumênico de hoje, ressaltou os muitos sinais de otimismo, em meio às tensões e aos problemas.
“O mundo ecumênico confronta-se com uma situação em mutação: para alguns chegou ao inverno, para outros à primavera, para outros está numa crise. (…) emerge a exigência de um novo caminho. E é neste contexto que se fala de ‘diálogo da vida’”.
O mesmo diálogo que após 40 anos de relações ecumênicas se apresenta cada vez melhor como a específica contribuição dos Focolares.
“Faço votos – concluiu Chiara – de que de agora em diante possamos colaborar juntos para atuarmos esta missão que nos irmana: colaborar na realização do Testamento de Jesus: “Que todos sejam um’”.
“Incrível” a sintonia da mensagem de Chiara com as palavras do reitor.
A colaboração almejada por Chiara na sua mensagem começa a dar os seus primeiros passos já no decorrer da tarde, durante o encontro da Delegação da Liverpool Hope University com alguns membros do Centro do Movimento dos Focolares. O clima é de família, caracterizado por uma troca de dons espirituais e intelectuais, na sabedoria.
O Prof. Pillay: Trabalhar em juntos “é um verdadeiro desafio e, creio, uma missão maravilhosa. Nas poucas horas da nossa permanência na Itália, já identificamos quais poderiam ser os passos futuros da nossa colaboração. Certamente, comunicaremos à Liverpool Hope University as belas experiências, o espírito presente sob cada palavra escutada em Roma. Alguém do Movimento dos Focolares, participará da Semana intitulada: ‘Big Hope’ (A grande esperança), uma conferência dejovens, futuros líderes provenientes do mundo inteiro que terá lugar em junho junto da nossa universidade. Além disso, fui convidado para a abertura do Instituto Universitário Sofia, em Loppiano. Não vejo a hora de poder instaurar uma colaboração num recíproco enriquecimento. É impressionante a natural sinergia entre o Movimento dos Focolares e a nossa Universidade”.
“Um dia inesquecível”, concordaram, ao partir, os três expoentes da Liverpool Hope University.
Em Liverpool no dia 23 de janeiro, durante a cerimônia acadêmica oficial, se reviverá esta entrega, inclusive com os testemunhos gravados em vídeo.

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