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quinta-feira, 22 de maio de 2014

A Internet é um Bem Comum - Carlos Aurélio Mota de Souza

A Internet é um bem comum
 Sony/BComum/CAMS/Artigos.                   Carlos Aurélio Mota de Souza, CM, 19 05 14
Não importa quantas pessoas ou empresas tenham lucros, muitas vezes milionários, com a oferta de serviços pela Internet[1]. Assim como o rádio e a telefonia, os serviços prestados na web têm relevância pessoal, local e internacional que ultrapassam os limites dos cálculos humanos.
A imediatidade de transmissão de mensagens não depende da quantidade ou conteúdo dos dados, sejam textos, fotos ou filmes, nem tão pouco do número de destinatários. Sua resposta é quase instantânea, haja vista na hipótese de endereços errados, devolvidos em segundos pelo provedor.
São incalculáveis os benefícios desta invenção para as comunicações, suas aplicações científicas, culturais e comerciais. Os sites ou portais substituíram as agendas telefônicas de localização de pessoas, obras culturais, teatros, lojas comerciais.
As ferramentas de pesquisas evoluíram rapidamente, presentes em diferentes línguas, tornando-se gigantescos repositórios de conhecimentos. Não apenas as comunicações pessoais se multiplicaram, como o comércio eletrônico vem desfrutando benefícios incalculáveis. Poder-se-ia dizer que a internet semelha-se a um grande templo universal, ao qual os homens se dirigem para seus pedidos e são atendidos com precisão.
E os comparamos às orações que os mesmos homens dirigem com fé ao seu Deus buscando a solução de seus problemas, sem saber se serão ouvidos. Creem na comunicação pela web, mas nem sempre creem no que pedem em orações. Ora, se a internet é obra do gênio humano, criado por Deus, este é Senhor da internet, pois os cientistas nada inventaram se antes já não existisse na mente divina, criador de todas as coisas. 
 
 O bem comum se caracteriza pela unidade que prepondera entre todo grupo de pessoas, desde a família, as comunidades, as empresas, até atingir as nações e as organizações mundiais dos povos.
Todos os homens e mulheres almejam a sua felicidade, viver bem em comum com os membros de sua entidade, em que prevalece a benquerença, o amor recíproco, a ajuda mútua, a solidariedade, a fraternidade, enfim. E estes são os ideais do bem comum, muito embora tenhamos de conviver com desgraças, inimizades, malquerenças, e até com guerras fratricidas.
Ainda que haja o mal, que aparece, o bem invisível sempre o supera. O sol nasce e as chuvas caem para maus e bons, justos e injustos[2], porque o bem não discrimina, antes procura amoldar os corações e as mentes à prática do amor.
Assim se constrói e se alcança o bem comum, em escalas sucessivas desde as células familiares às constelações internacionais de povos, em relações de fraternidade, com práticas solidárias e subsidiárias.
            Os homens convivem e estão presentes em todos os níveis do bem comum, pois ninguém vive só para sua família, mas sua pertença é no trabalho profissional, na vida política e econômica, nas instituições pátrias e supranacionais. O homem, enfim, sendo um cidadão do mundo, e vivendo no planeta, é também responsável por um bem comum maior, do qual depende integralmente, o meio ambiente, com todos os bens naturais que nele vivem.



[1] A expressão foi criada por cientistas americanos em 1977.
[2]. Mateus, 5-45-46.