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sexta-feira, 31 de julho de 2015

"QUE A PALAVRA FINAL SEJA A DO AMOR"

Bom dia ! Para hoje, dia 31 de julho de 2015: "QUE A PALAVRA FINAL SEJA A DO AMOR" Quem quiser dar a última palavra, aquela que vai prevalecer sobre todas as outras, deve falar a linguagem do amor. Aparentemente ela contrasta com a mentalidade humana, mas na verdade não é assim. Vejamos as Bem aventuranças segundo a ótica do amor: Feliz quem se faz pobre por amor, porque seu é o Reino dos Céus; feliz quem chora por amor, pois o próprio amor lhe consola; feliz quem é manso e humilde por amor, pois herdará a terra. E poderíamos dar a mesma interpretação a todas as outras. Quando a nossa última palavra é o amor, os nossos atos saciam e ganham um valor de eternidade. Abraços, Apolonio

quinta-feira, 30 de julho de 2015

O Papa se inscreve on-line como primeiro peregrino na JMJ de Cracóvia ...

"SER ABERTOS ÀS DIFERENÇAS"

Bom dia ! Para hoje, dia 30 de julho de 2015: "SER ABERTOS ÀS DIFERENÇAS" Devemos ter um profundo respeito por quem é diferente de nós. As diferenças existem em todos os níveis: o temperamento, a cultura, a religião, a idade, os gostos. A pertença a uma corrente espiritual, mesmo dentro da mesma igreja. Isso sem falar nas diferenças contrastantes do ponto de vista moral. Tudo pode ser usado como motivo de separação. Ou então, ser estímulo ao amor recíproco, indo além das barreiras e criando as condições para que a verdade seja como um fogo, que destrói somente o que deve ser destruído. As diferenças passam, se transformam ou se equiparam, mas o amor permanece para sempre. Abraços, Apolonio

domingo, 26 de julho de 2015

A estrategia de Francisco para influir na política internacional.

"REZAR PELA PAZ"

Bom dia ! Para hoje, dia 26 de julho de 2015: "REZAR PELA PAZ" Devemos orar sempre pela Paz. Mas, para que nossa oração seja eficaz, devemos antes de tudo, sermos construtores de Paz. A paz não é somente ausência de conflitos. Ela é harmonia nos relacionamentos e nasce no coração de cada um de nós. Se tenho a paz, distribuo paz. Meus gestos, palavras e atitudes devem ser de paz. Assim, minha oração será ouvida. Paz é também perdão, paciência, compreensão; é ter disponibilidade para a escuta, para a assistência ao irmão; é viver o amor na mesma medida de Jesus, indo além do limite humano para amar também o inimigo. Abraços, Apolonio

sábado, 25 de julho de 2015

"NÃO SER INVEJOSO"

Bom dia ! Para hoje, dia 25 de ju.ho de 2015: "NÃO SER INVEJOSO" A ambição nos leva a desejar posições de destaque e de poder, para ter mais privilégios que os outros. Mesmo entre os discípulos de Jesus houveram dois que lhe pediram para sentar um à sua direita e outro à sua esquerda, quando estivesse em seu reino, gerando uma certa revolta nos outros. A sua resposta foi uma grande lição: "Quem dentre vós quiser ser o primeiro, seja o servo de todos."(Mt 20,27) Ele deu o primeiro exemplo. Não veio para ser servido, mas para servir. Esse é o melhor remédio para a inveja, o serviço. Procurar ser o último. Não com falsa modéstia, mas com verdadeira humildade. Ter a primazia somente no amor. Nisso devemos ser os primeiros: a amar e servir. Abraços, Apolonio

quinta-feira, 23 de julho de 2015

"NÃO DISCRIMINAR"

Bom dia ! Para hoje, dia 23 de julho de 2015: "NÃO DISCRIMINAR" Nós somos instintivamente seletivos. Escolhemos nossos amigos, nosso estilo de vida, profissão, enfim, guiamos nossa vida segundo nossos gostos. Ousamos escolher até mesmo o que Deus deve fazer por nós e o que obedecer de seus preceitos. Ao invés de nos fazer felizes, isso nos angustia com uma contínua guerra interior de insatisfação. Existe uma atitude que nos faz capazes de fazer as escolhas certas e não discriminar nada nem ninguém. É fazer a vontade de Deus no momento presente. E a sua vontade é que estejamos no amor. Quem ama não discrimina, não faz acepção de pessoas. As preferências dos afetos não impedem que se ame a todos sem distinção. E só a vontade de Deus nos dá esse equilíbrio. Um ato de amor é capaz de eliminar o preconceito, a discriminação e a inimizade, além de cobrir uma multidão de pecados. Abraços, Apolonio ATENÇÃO: APOLÔNIO, MÉDICO FOCOLARINO E THIAGO SÃO OS ORGANIZADORES DESTA PALAVRA DE VIDA DIÁRIA.O MÉDICO DÁ A RECEITA E O TÉCNICO A COLOCA NA INTERNET ADEQUADAMENTE. POR ISSO AGRADEÇAMOS AO TRABALHO DIÁRIO DELES. AQUI NESTE BLOGUE EU SIMPLESMENTE REPASSO OU MULTIPLICO A FALA DELES. APOLÔNIO INTERPRETA MUITO BEM O TRECHO DO EVANGELHO DO DIA PROPOSTO PELO MOVIMENTO DOS FOCLARES E QUE É ESCOLHIDO A CADA DIA NA LITURGIA, QUE É O CULTO DO POVO CRISTÃO DA IGREJA CATÓLICA MAS QUE É ÚTIL E INTERESSANTE PARA TODAS AS PESSOAS DE BOA VONTADE. EIS OS DADOS REFERENTES AOS DOIS: Apolonio Carvalho Nascimento apoloniocnn@gmail.com Apolonio Carvalho Nascimento - Google+ https://plus.google.com/102939721277252292338 18 de abr de 2014 - Apolonio Carvalho Nascimento - Médico - Alagoano de nascimento e cidadão do mundo por opção.Vivo em busca da vida e só a encontro no ... Links: Blogg: parolafocolare.blogspot.com.br App: Passa Parola (Thiago Bruno Sales) Thiago Bruno Melo de Sales - Computação UFAL www.aracomp.com.br/professores/thiago Traduzir esta página Mini currículo possui graduação em Ciência da Computação pela Universidade Federal de Alagoas (2008), mestrado em Computação pela Universidade ... Prof. Thiago Sales - Universidade Federal de Alagoas - UFAL https://sites.google.com/site/professorthiagosales/ Traduzir esta página "Discovery consists in seeing what everyone else has seen and thinking what no one else has thought.'' - Albert Szent-Gyorg Prof. Thiago Bruno Melo de Sales, ... -- Você poderá receber essa mensagem enquanto membro inscrito no grupo "Senha do dia" de google grupos. Para enviar uma mensagem a este grupo envia um email a apoloniocnn@googlegroups.com Para cancelar a inscrição a este grupo, envia um email a apoloniocnn+unsubscribe@googlegroups.com Se quiser visualizar a página do grupo visita o site abaixo: http://groups.google.it/group/apoloniocnn?hl=it?hl=pt-BR --- Você recebeu essa mensagem porque está inscrito no grupo "Senha do Dia" dos Grupos do Google. Para cancelar inscrição nesse grupo e parar de receber e-mails dele, envie um e-mail para apoloniocnn+unsubscribe@googlegroups.com. Para postar nesse grupo, envie um e-mail para apoloniocnn@googlegroups.com. Acesse esse grupo em http://groups.google.com/group/apoloniocnn. Para mais opções, acesse https://groups.google.com/d/optout.

quarta-feira, 22 de julho de 2015

O Vaticano escuta a grave situacião de comunidades exploradas por empresas mineradoras.

O corpo do Padre Pío poderá ser venerado na basílica de São Pedro, pela primeira vez.

"DAR ESPAÇO AO DIÁLOGO"

Bom dia ! Para hoje, dia 22 de julho de 2015: "DAR ESPAÇO AO DIÁLOGO" Dialogar não é apenas conversar, é saber escutar o outro e aceitar o seu ponto de vista com respeito. É fazer-se silêncio para acolher a palavra do outro. Quem fala deve sentir-se acolhido em sua liberdade de se expressar. Mesmo quando tenho a convicção da verdade, devo calar por amor, para que o outro tenha espaço e possa ser ele mesmo. Quando essa atitude torna-se recíproca, temos então, o verdadeiro diálogo. Porém, devo tomar a iniciativa, pois ama sempre, quem ama por primeiro. Quem se acha auto suficiente e dono da verdade, perde a oportunidade de enriquecer-se com os conhecimentos do outro. Mesmo um mestre, tem sempre algo novo a aprender com seus alunos. Estou disposto ao diálogo, quando o meu desejo é partilhar o que sei sem impor a minha idéia. Abraços, Apolonio

terça-feira, 21 de julho de 2015

"MANTER OS COMPROMISSOS ASSUMIDOS"

Bom dia ! Para hoje, dia 21 de julho de 2015: "MANTER OS COMPROMISSOS ASSUMIDOS" Maria assumiu um compromisso diante de Deus e o cumpriu todos os dias de sua vida. Aceitou ser a mãe de Jesus, protegeu-o de Herodes fugindo para o Egito, cuidou dele enquanto crescia, acompanhou-o em sua vida pública, ficou de pé ao seu lado quando estava na cruz, certamente testemunhou a sua ressurreição e permaneceu junto aos apóstolos esperando a manifestação do Espírito Santo prometido por ele. Acho que quando Jesus afirma que quem faz a vontade de seu Pai torna-se sua mãe, sua irmã e seu irmão, fez com que Maria fosse duplamente sua mãe, pois ela é o exemplo de criatura que mais cumpriu os compromissos assumidos com Deus. Que nós, no nosso dia a dia, saibamos agir como Maria, cumprindo a vontade de Deus nas pequenas e grandes coisas. Abraços, Apolonio

Vôo Papal: Francisco explica o que pensou diante do crucifixo de Evo

Os restos do Padre Pío serão expostos no Vaticano durante o Ano da Misericórdia

segunda-feira, 20 de julho de 2015

"SER FIÉIS AOS NOSSOS DEVERES"

Bom dia ! Para hoje, dia 20 de julho de 2015: "SER FIÉIS AOS NOSSOS DEVERES" Existem algumas vontades de Deus que já estão expressas em deveres: o papel de pai e mãe, os deveres de filho, de cidadão, de esposo e esposa, de profissonal ético. Se damos a esses deveres uma motivação sublimada por serem vontade de Deus, eles adquirem outo significado. Deixam de ser uma simples conduta ética e passam a ser um ato de amor. Adquirem outro significado também para quem recebe diretamente o beneficíio dessa conduta, pois uma coisa é ter seus direitos respeitados, outra coisa é ser amado. O amor dá maior valor a um simples gesto. Então hoje, em nossos deveres, sermos fiéis ao amor que valoriza a nossa vida. Abraços, Apolonio

quinta-feira, 16 de julho de 2015

Mensagem da Presidente da Obra de Maria - Movimento dos Focolari

Da Espanha, 14 de julho de 2015 Caríssimas e caríssimos O amor de Deus e dos irmãos nos presenteou com um maravilhoso período de férias na Espanha, de onde envio o meu pensamento e a minha saudação. Obrigada pelas muitas mensagens, com a lembrança, as orações e a unidade de vocês; pelas inúmeras ofertas de sofrimentos de todos os tipos, pessoais e de povos, que enriquecem a nossa Obra e a tornam sempre mais bela. Alegro-me especialmente com as esplêndidas notícias sobre as Mariápolis, tão ricas de frutos, que estão se acendendo em vários lugares do planeta, de norte a sul, de leste a oeste, como tantas constelações de tamanhos diferentes mas de igual esplendor pela presença de Jesus em meio, o sol que ilumina e aquece tanta escuridão do mundo. Estamos quase em 16 de julho, dia abençoado por Deus com o extraordinário Pacto de unidade que abriu a Chiara e – nela – a todos nós, a realidade do Paraíso e, juntos, a visão do desígnio de Deus para a Obra que o carisma da unidade haveria de gerar para encarná-lo na terra. Neste ano, gosto de pensar que este dia dá início ao ano no qual queremos aprofundar justamente a Unidade, este ponto da nossa espiritualidade que também contém todo o nosso carisma. Desejo que o Pacto que, de modo especial neste aniversário, renovaremos com Chiara, padre Foresi, Foco e toda a Mariápolis Celeste, cada vez mais numerosa, e entre todos nós, abra completamente os nossos corações para que o Espírito Santo possa fazer penetrar neles as infinitas dimensões deste carisma único, bem como as insondáveis e inesgotáveis riquezas de atuação que podem desabrochar dele, dando assim consolação à humanidade, que deseja experimentar através da Unidade a vitória de Jesus Abandonado, dor-amor infinito. Estou sempre com vocês, unidíssima, (a) Emmaus.

Papa Francisco em Quito: Nossa fé sempre é revolucionária

"TER SEMPRE ESPERANÇA"

Bom dia ! Para hoje, dia 16 de julho de 2015: "TER SEMPRE ESPERANÇA" O adágio popular "A esperança é a última que morre", tem um fundo de verdade. O apóstolo Paulo define três virtudes: A fé, A Esperança e a o Amor, que a Igreja chama de virtudes relacionadas a Deus. Nós necessitamos delas aqui, agora, enquanto estamos na terra. Das três, apenas uma, o Amor, permanecerá para sempre. Quando estivermos face a face com Deus, já não precisaremos da fé e da esperança. O amor permanece em eterno porque é a essência de Deus. A esperança nos impulsiona a amar, por isso é importante e fundamental. Ela nos faz ir além de nossas forças, dá coragem e supre a ausência daquilo que ainda não chegou. A fé e a esperança andam juntas, motivadas pelo amor e motivando o amor. O Amor, por sua vez, robustece a fé e justifica a esperança. Abraços, Apolonio

quarta-feira, 15 de julho de 2015

"TRANSFORMAR AS NOSSAS DIFICULDADES EM AMOR"

Bom dia ! Para hoje, dia 15 de julho de 2015: "TRANSFORMAR AS NOSSAS DIFICULDADES EM AMOR" Dificuldades todos nós temos, e em todos os graus. De nada serve enfrentá-las com afobação e desconforto. A melhor maneira é transformar tudo em combustível para o amor. Assim que chegar um problema, parar por alguns segundos, refletir e dizer: "Por ti meu Deus." Depois, agir sem faltar com a caridade com as pessoas à nossa volta. Ao contrário, amar com afinco, para não perder o foco. Dessa forma, não apenas os problemas se resolvem, como também teremos renovado e melhorado o nosso relacionamento com Deus e com os irmãos. Faz bem, inclusive, para a saúde física. Teremos qualidade de vida física e espiritual. Abraços, Apolonio Apolonio Carvalho Nascimento apoloniocnn@gmail.com Links: Blogg: parolafocolare.blogspot.com.br App: Passa Parola (Thiago Bruno Sales)

A curiosa historia do báculo de madera que o Papa utiliza

Benedicto XVI recebe dois doutorados honoris causa em música sacra

segunda-feira, 13 de julho de 2015

"SER PORTADORES DE PAZ"

Bom dia ! "SER PORTADORES DE PAZ" Quem tem a paz dentro de si, é seu portador e a distribui por onde anda. Essa paz é fruto da vivência do amor, que ama a todos sem distinção, reconhece a presença de Deus nas pessoas, ama fazendo-se um com o outro, ama como a si mesmo, tem a iniciativa no amor, e até mesmo, ama o inimigo(1). Quem vive essa arte de amar, é portador de paz. Não é fácil, pois os ambientes são hostis e no mundo o que mais vemos são conflitos. Porém, lembremos a oração de São Francisco: "Onde houver ódio que eu leve o amor..." Porque o amor é a paz. Abraços, Apolonio (1) A arte de amar segundo Chiara Lubich.

sexta-feira, 10 de julho de 2015

Papa Francisco: discurso durante o II Encontro Mundial dos Movimentos Populares em Bolívia

Discurso do Papa aos Movimentos Populares (texto integral) Papa Francisco: discurso durante o II Encontro Mundial dos Movimentos Populares em Bolívia - REUTERS 10/07/2015 08:38 PARTILHA: Versão integral do discurso do Papa Francisco aos Movimentos Populares reunidos na Bolívia: (Bolívia, Santa Cruz – Expo Feira, 9 de Julho de 2015) Boa tarde a todos! Há alguns meses, reunimo-nos em Roma e não esqueço aquele nosso primeiro encontro. Durante este tempo, trouxe-vos no meu coração e nas minhas orações. Alegra-me vê-vos de novo aqui, debatendo os melhores caminhos para superar as graves situações de injustiça que padecem os excluídos em todo o mundo. Obrigado Senhor Presidente Evo Morales, por sustentar tão decididamente este Encontro. Então, em Roma, senti algo muito belo: fraternidade, paixão, entrega, sede de justiça. Hoje, em Santa Cruz de la Sierra, volto a sentir o mesmo. Obrigado! Soube também, pelo Pontifício Conselho «Justiça e Paz» presidido pelo Cardeal Turkson, que são muitos na Igreja aqueles que se sentem mais próximos dos movimentos populares. Muito me alegro por isso! Ver a Igreja com as portas abertas a todos vós, que se envolve, acompanha e consegue sistematizar em cada diocese, em cada comissão «Justiça e Paz», uma colaboração real, permanente e comprometida com os movimentos populares. Convido-vos a todos, bispos, sacerdotes e leigos, juntamente com as organizações sociais das periferias urbanas e rurais a aprofundar este encontro. Deus permitiu que nos voltássemos a ver hoje. A Bíblia lembra-nos que Deus escuta o clamor do seu povo e também eu quero voltar a unir a minha voz à vossa: terra, teto e trabalho para todos os nossos irmãos e irmãs. Disse-o e repito: são direitos sagrados. Vale a pena, vale a pena lutar por eles. Que o clamor dos excluídos seja escutado na América Latina e em toda a terra. 1. Comecemos por reconhecer que precisamos duma mudança. Quero esclarecer, para que não haja mal-entendidos, que falo dos problemas comuns de todos os latino-americanos e, em geral, de toda a humanidade. Problemas, que têm uma matriz global e que atualmente nenhum Estado pode resolver por si mesmo. Feito este esclarecimento, proponho que nos coloquemos estas perguntas: - Reconhecemos nós que as coisas não andam bem num mundo onde há tantos camponeses sem terra, tantas famílias sem teto, tantos trabalhadores sem direitos, tantas pessoas feridas na sua dignidade? - Reconhecemos nós que as coisas não andam bem, quando explodem tantas guerras sem sentido e a violência fratricida se apodera até dos nossos bairros? Reconhecemos nós que as coisas não andam bem, quando o solo, a água, o ar e todos os seres da criação estão sob ameaça constante? Então digamo-lo sem medo: Precisamos e queremos uma mudança. Nas vossas cartas e nos nossos encontros, relataram-me as múltiplas exclusões e injustiças que sofrem em cada atividade laboral, em cada bairro, em cada território. São tantas e tão variadas como muitas e diferentes são as formas próprias de as enfrentar. Mas há um elo invisível que une cada uma destas exclusões: conseguimos nós reconhecê-lo? É que não se trata de questões isoladas. Pergunto-me se somos capazes de reconhecer que estas realidades destrutivas correspondem a um sistema que se tornou global. Reconhecemos nós que este sistema impôs a lógica do lucro a todo o custo, sem pensar na exclusão social nem na destruição da natureza? Se é assim – insisto – digamo-lo sem medo: Queremos uma mudança, uma mudança real, uma mudança de estruturas. Este sistema é insuportável: não o suportam os camponeses, não o suportam os trabalhadores, não o suportam as comunidades, não o suportam os povos.... E nem sequer o suporta a Terra, a irmã Mãe Terra, como dizia São Francisco. Queremos uma mudança nas nossas vidas, nos nossos bairros, no vilarejo, na nossa realidade mais próxima; mas uma mudança que toque também o mundo inteiro, porque hoje a interdependência global requer respostas globais para os problemas locais. A globalização da esperança, que nasce dos povos e cresce entre os pobres, deve substituir esta globalização da exclusão e da indiferença. Hoje quero refletir convosco sobre a mudança que queremos e precisamos. Como sabem, recentemente escrevi sobre os problemas da mudança climática. Mas, desta vez, quero falar duma mudança noutro sentido. Uma mudança positiva, uma mudança que nos faça bem, uma mudança – poderíamos dizer – redentora. Porque é dela que precisamos. Sei que buscais uma mudança e não apenas vós: nos diferentes encontros, nas várias viagens, verifiquei que há uma expectativa, uma busca forte, um anseio de mudança em todos os povos do mundo. Mesmo dentro da minoria cada vez mais reduzida que pensa sair beneficiada deste sistema, reina a insatisfação e sobretudo a tristeza. Muitos esperam uma mudança que os liberte desta tristeza individualista que escraviza. O tempo, irmãos e irmãs, o tempo parece exaurir-se; já não nos contentamos com lutar entre nós, mas chegamos até a assanhar-nos contra a nossa casa. Hoje, a comunidade científica aceita aquilo que os pobres já há muito denunciam: estão a produzir-se danos talvez irreversíveis no ecossistema. Está-se a castigar a terra, os povos e as pessoas de forma quase selvagem. E por trás de tanto sofrimento, tanta morte e destruição, sente-se o cheiro daquilo que Basílio de Cesareia chamava «o esterco do diabo»: reina a ambição desenfreada de dinheiro. O serviço ao bem comum fica em segundo plano. Quando o capital se torna um ídolo e dirige as opções dos seres humanos, quando a avidez do dinheiro domina todo o sistema socioecónomico, arruína a sociedade, condena o homem, transforma-o em escravo, destrói a fraternidade inter-humana, faz lutar povo contra povo e até, como vemos, põe em risco esta nossa casa comum. Não quero alongar-me na descrição dos efeitos malignos desta ditadura subtil: vós conhecei-los! Mas também não basta assinalar as causas estruturais do drama social e ambiental contemporâneo. Sofremos de um certo excesso de diagnóstico, que às vezes nos leva a um pessimismo charlatão ou a rejubilar com o negativo. Ao ver a crônica negra de cada dia, pensamos que não haja nada que se possa fazer para além de cuidar de nós mesmos e do pequeno círculo da família e dos amigos. Que posso fazer eu, recolhedor de papelão, catador de lixo, limpador, reciclador, frente a tantos problemas, se mal ganho para comer? Que posso fazer eu, artesão, vendedor ambulante, carregador, trabalhador irregular, se não tenho sequer direitos laborais? Que posso fazer eu, camponesa, indígena, pescador que dificilmente consigo resistir à propagação das grandes corporações? Que posso fazer eu, a partir da minha comunidade, do meu barraco, da minha povoação, da minha favela, quando sou diariamente discriminado e marginalizado? Que pode fazer aquele estudante, aquele jovem, aquele militante, aquele missionário que atravessa as favelas e os paradeiros com o coração cheio de sonhos, mas quase sem nenhuma solução para os meus problemas? Muito! Podem fazer muito. Vós, os mais humildes, os explorados, os pobres e excluídos, podeis e fazeis muito. Atrevo-me a dizer que o futuro da humanidade está, em grande medida, nas vossas mãos, na vossa capacidade de vos organizar e promover alternativas criativas na busca diária dos “3 T” (trabalho, teto, terra), e também na vossa participação como protagonistas nos grandes processos de mudança nacionais, regionais e mundiais. Não se acanhem! 2. Vós sois semeadores de mudança. Aqui, na Bolívia, ouvi uma frase de que gosto muito: «processo de mudança». A mudança concebida, não como algo que um dia chegará porque se impôs esta ou aquela opção política ou porque se estabeleceu esta ou aquela estrutura social. Sabemos, amargamente, que uma mudança de estruturas, que não seja acompanhada por uma conversão sincera das atitudes e do coração, acaba a longo ou curto prazo por burocratizar-se, corromper-se e sucumbir. Por isso gosto tanto da imagem do processo, onde a paixão por semear, por regar serenamente o que outros verão florescer, substitui a ansiedade de ocupar todos os espaços de poder disponíveis e de ver resultados imediatos. Cada um de nós é apenas uma parte de um todo complexo e diversificado interagindo no tempo: povos que lutam por uma afirmação, por um destino, por viver com dignidade, por «viver bem». Vós, a partir dos movimentos populares, assumis as tarefas comuns motivados pelo amor fraterno, que se rebela contra a injustiça social. Quando olhamos o rosto dos que sofrem, o rosto do camponês ameaçado, do trabalhador excluído, do indígena oprimido, da família sem teto, do imigrante perseguido, do jovem desempregado, da criança explorada, da mãe que perdeu o seu filho num tiroteio porque o bairro foi tomado pelo narcotráfico, do pai que perdeu a sua filha porque foi sujeita à escravidão; quando recordamos estes «rostos e nomes» estremecem-nos as entranhas diante de tanto sofrimento e comovemo-nos…. Porque «vimos e ouvimos», não a fria estatística, mas as feridas da humanidade dolorida, as nossas feridas, a nossa carne. Isto é muito diferente da teorização abstrata ou da indignação elegante. Isto comove-nos, move-nos e procuramos o outro para nos movermos juntos. Esta emoção feita ação comunitária é incompreensível apenas com a razão: tem um plus de sentido que só os povos entendem e que confere a sua mística particular aos verdadeiros movimentos populares. Vós viveis, cada dia, imersos na crueza da tormenta humana. Falastes-me das vossas causas, partilhastes comigo as vossas lutas. E agradeço-vos. Queridos irmãos, muitas vezes trabalhais no insignificante, no que aparece ao vosso alcance, na realidade injusta que vos foi imposta e a que não vos resignais opondo uma resistência ativa ao sistema idólatra que exclui, degrada e mata. Vi-vos trabalhar incansavelmente pela terra e a agricultura camponesa, pelos vossos territórios e comunidades, pela dignificação da economia popular, pela integração urbana das vossas favelas e agrupamentos, pela auto-construção de moradias e o desenvolvimento das infra-estruturas do bairro e em muitas atividades comunitárias que tendem à reafirmação de algo tão elementar e inegavelmente necessário como o direito aos “3 T”: terra, teto e trabalho. Este apego ao bairro, à terra, ao território, à profissão, à corporação, este reconhecer-se no rosto do outro, esta proximidade no dia-a-dia, com as suas misérias e os seus heroísmos quotidianos, é o que permite realizar o mandamento do amor, não a partir de idéias ou conceitos, mas a partir do genuíno encontro entre pessoas, porque não se amam os conceitos nem as idéias; amam-se as pessoas. A entrega, a verdadeira entrega nasce do amor pelos homens e mulheres, crianças e idosos, vilarejos e comunidades... Rostos e nomes que enchem o coração. A partir destas sementes de esperança semeadas pacientemente nas periferias esquecidas do planeta, destes rebentos de ternura que lutam por subsistir na escuridão da exclusão, crescerão grandes árvores, surgirão bosques densos de esperança para oxigenar este mundo. Vejo, com alegria, que trabalhais no que aparece ao vosso alcance, cuidando dos rebentos; mas, ao mesmo tempo, com uma perspectiva mais ampla, protegendo o arvoredo. Trabalhais numa perspectiva que não só aborda a realidade setorial que cada um de vós representa e na qual felizmente está enraizada, mas procurais também resolver, na sua raiz, os problemas gerais de pobreza, desigualdade e exclusão. Felicito-vos por isso. É imprescindível que, a par da reivindicação dos seus legítimos direitos, os povos e as suas organizações sociais construam uma alternativa humana à globalização exclusiva. Vós sois semeadores de mudança. Que Deus vos dê coragem, alegria, perseverança e paixão para continuar a semear. Podeis ter a certeza de que, mais cedo ou mais tarde, vamos ver os frutos. Peço aos dirigentes: sede criativos e nunca percais o apego às coisas próximas, porque o pai da mentira sabe usurpar palavras nobres, promover modas intelectuais e adotar posições ideológicas, mas se construirdes sobre bases sólidas, sobre as necessidades reais e a experiência viva dos vossos irmãos, dos camponeses e indígenas, dos trabalhadores excluídos e famílias marginalizadas, de certeza não vos equivocareis. A Igreja não pode nem deve ser alheia a este processo no anúncio do Evangelho. Muitos sacerdotes e agentes pastorais realizam uma tarefa imensa acompanhando e promovendo os excluídos em todo o mundo, ao lado de cooperativas, dando impulso a empreendimentos, construindo casas, trabalhando abnegadamente nas áreas da saúde, desporto e educação. Estou convencido de que a cooperação amistosa com os movimentos populares pode robustecer estes esforços e fortalecer os processos de mudança. No coração, tenhamos sempre a Virgem Maria, uma jovem humilde duma pequena aldeia perdida na periferia dum grande império, uma mãe sem teto que soube transformar um curral de animais na casa de Jesus com uns pobres paninhos e uma montanha de ternura. Maria é sinal de esperança para os povos que sofrem dores de parto até que brote a justiça. Rezo à Virgem do Carmo, padroeira da Bolívia, para fazer com que este nosso Encontro seja fermento de mudança. 3. Por último, gostaria que refletíssemos, juntos, sobre algumas tarefas importantes neste momento histórico, pois queremos uma mudança positiva em benefício de todos os nossos irmãos e irmãs. Disto estamos certos! Queremos uma mudança que se enriqueça com o trabalho conjunto de governos, movimentos populares e outras forças sociais. Sabemos isto também! Mas não é tão fácil definir o conteúdo da mudança, ou seja, o programa social que reflita este projeto de fraternidade e justiça que esperamos. Neste sentido, não esperem uma receita deste Papa. Nem o Papa nem a Igreja têm o monopólio da interpretação da realidade social e da proposta de soluções para os problemas contemporâneos. Atrever-me-ia a dizer que não existe uma receita. A história é construída pelas gerações que se vão sucedendo no horizonte de povos que avançam individuando o próprio caminho e respeitando os valores que Deus colocou no coração. Gostaria, no entanto, de vos propor três grandes tarefas que requerem a decisiva contribuição do conjunto dos movimentos populares: 3.1 A primeira tarefa é pôr a economia ao serviço dos povos. Os seres humanos e a natureza não devem estar ao serviço do dinheiro. Digamos NÃO a uma economia de exclusão e desigualdade, onde o dinheiro reina em vez de servir. Esta economia mata. Esta economia exclui. Esta economia destrói a Mãe Terra. A economia não deveria ser um mecanismo de acumulação, mas a condigna administração da casa comum. Isto implica cuidar zelosamente da casa e distribuir adequadamente os bens entre todos. A sua finalidade não é unicamente garantir o alimento ou um «decoroso sustento». Não é sequer, embora fosse já um grande passo, garantir o acesso aos “3 T” pelos quais combateis. Uma economia verdadeiramente comunitária – poder-se-ia dizer, uma economia de inspiração cristã – deve garantir aos povos dignidade, «prosperidade e civilização em seus múltiplos aspectos».[1] Isto envolve os “3 T” mas também acesso à educação, à saúde, à inovação, às manifestações artísticas e culturais, à comunicação, ao desporto e à recreação. Uma economia justa deve criar as condições para que cada pessoa possa gozar duma infância sem privações, desenvolver os seus talentos durante a juventude, trabalhar com plenos direitos durante os anos de atividade e ter acesso a uma digna aposentação na velhice. É uma economia onde o ser humano, em harmonia com a natureza, estrutura todo o sistema de produção e distribuição de tal modo que as capacidades e necessidades de cada um encontrem um apoio adequado no ser social. Vós – e outros povos também – resumis este anseio duma maneira simples e bela: «viver bem». Esta economia é não apenas desejável e necessária, mas também possível. Não é uma utopia, nem uma fantasia. É uma perspectiva extremamente realista. Podemos consegui-la. Os recursos disponíveis no mundo, fruto do trabalho intergeneracional dos povos e dos dons da criação, são mais que suficientes para o desenvolvimento integral de «todos os homens e do homem todo».[2] Mas o problema é outro. Existe um sistema com outros objetivos. Um sistema que, apesar de acelerar irresponsavelmente os ritmos da produção, apesar de implementar métodos na indústria e na agricultura que sacrificam a Mãe Terra na area da «produtividade», continua a negar a milhares de milhões de irmãos os mais elementares direitos econômicos, sociais e culturais. Este sistema atenta contra o projeto de Jesus. A justa distribuição dos frutos da terra e do trabalho humano não é mera filantropia. É um dever moral. Para os cristãos, o encargo é ainda mais forte: é um mandamento. Trata-se de devolver aos pobres e às pessoas o que lhes pertence. O destino universal dos bens não é um adorno retórico da doutrina social da Igreja. É uma realidade anterior à propriedade privada. A propriedade, sobretudo quando afeta os recursos naturais, deve estar sempre em função das necessidades das pessoas. E estas necessidades não se limitam ao consumo. Não basta deixar cair algumas gotas, quando os pobres agitam este copo que, por si só, nunca derrama. Os planos de assistência que acodem a certas emergências deveriam ser pensados apenas como respostas transitórias. Nunca poderão substituir a verdadeira inclusão: a inclusão que dá o trabalho digno, livre, criativo, participativo e solidário. Neste caminho, os movimentos populares têm um papel essencial, não apenas exigindo e reclamando, mas fundamentalmente criando. Vós sois poetas sociais: criadores de trabalho, construtores de casas, produtores de alimentos, sobretudo para os descartados pelo mercado global. Conheci de perto várias experiências, onde os trabalhadores, unidos em cooperativas e outras formas de organização comunitária, conseguiram criar trabalho onde só havia sobras da economia idólatra. As empresas recuperadas, as feiras francas e as cooperativas de catadores de papelão são exemplos desta economia popular que surge da exclusão e que pouco a pouco, com esforço e paciência, adota formas solidárias que a dignificam. Quão diferente é isto do fato de os descartados pelo mercado formal serem explorados como escravos! Os governos que assumem como própria a tarefa de colocar a economia ao serviço das pessoas devem promover o fortalecimento, melhoria, coordenação e expansão destas formas de economia popular e produção comunitária. Isto implica melhorar os processos de trabalho, prover de adequadas infra-estruturas e garantir plenos direitos aos trabalhadores deste sector alternativo. Quando Estado e organizações sociais assumem, juntos, a missão dos “3 T”, ativam-se os princípios de solidariedade e subsidiariedade que permitem construir o bem comum numa democracia plena e participativa. 3.2 A segunda tarefa é unir os nossos povos no caminho da paz e da justiça. Os povos do mundo querem ser artífices do seu próprio destino. Querem caminhar em paz para a justiça. Não querem tutelas nem interferências, onde o mais forte subordina o mais fraco. Querem que a sua cultura, o seu idioma, os seus processos sociais e tradições religiosas sejam respeitados. Nenhum poder efetivamente constituído tem direito de privar os países pobres do pleno exercício da sua soberania e, quando o fazem, vemos novas formas de colonialismo que afetam seriamente as possibilidades de paz e justiça, porque «a paz funda-se não só no respeito pelos direitos do homem, mas também no respeito pelo direito dos povos, sobretudo o direito à independência».[3] Os povos da América Latina alcançaram, com um parto doloroso, a sua independência política e, desde então, viveram já quase dois séculos duma história dramática e cheia de contradições procurando conquistar uma independência plena. Nos últimos anos, depois de tantos mal-entendidos, muitos países latino-americanos viram crescer a fraternidade entre os seus povos. Os governos da região juntaram seus esforços para fazer respeitar a sua soberania, a de cada país e a da região como um todo que, de forma muito bela como faziam os nossos antepassados, chamam a «Pátria Grande». Peço-vos, irmãos e irmãs dos movimentos populares, que cuidem e façam crescer esta unidade. É necessário manter a unidade contra toda a tentativa de divisão, para que a região cresça em paz e justiça. Apesar destes avanços, ainda subsistem fatores que atentam contra este desenvolvimento humano equitativo e coarctam a soberania dos países da «Pátria Grande» e doutras latitudes do Planeta. O novo colonialismo assume variadas fisionomias. Às vezes, é o poder anônimo do ídolo dinheiro: corporações, credores, alguns tratados denominados «de livre comércio» e a imposição de medidas de «austeridade» que sempre apertam o cinto dos trabalhadores e dos pobres. Os bispos latino-americanos denunciam-no muito claramente, no documento de Aparecida, quando afirmam que «as instituições financeiras e as empresas transnacionais se fortalecem ao ponto de subordinar as economias locais, sobretudo debilitando os Estados, que aparecem cada vez mais impotentes para levar adiante projetos de desenvolvimento a serviço de suas populações».[4] Noutras ocasiões, sob o nobre disfarce da luta contra a corrupção, o narcotráfico ou o terrorismo – graves males dos nossos tempos que requerem uma acção internacional coordenada – vemos que se impõem aos Estados medidas que pouco têm a ver com a resolução de tais problemáticas e muitas vezes tornam as coisas piores. Da mesma forma, a concentração monopolista dos meios de comunicação social que pretende impor padrões alienantes de consumo e certa uniformidade cultural é outra das formas que adota o novo colonialismo. É o colonialismo ideológico. Como dizem os bispos da África, muitas vezes pretende-se converter os países pobres em «peças de um mecanismo, partes de uma engrenagem gigante».[5] Temos de reconhecer que nenhum dos graves problemas da humanidade pode ser resolvido sem a interação dos Estados e dos povos a nível internacional. Qualquer ato de envergadura realizado numa parte do Planeta repercute-se no todo em termos econômicos, ecológicos, sociais e culturais. Até o crime e a violência se globalizaram. Por isso, nenhum governo pode atuar à margem duma responsabilidade comum. Se queremos realmente uma mudança positiva, temos de assumir humildemente a nossa interdependência. Mas interação não é sinônimo de imposição, não é subordinação de uns em função dos interesses dos outros. O colonialismo, novo e velho, que reduz os países pobres a meros fornecedores de matérias-primas e mão de obra barata, gera violência, miséria, emigrações forçadas e todos os males que vêm juntos... precisamente porque, ao pôr a periferia em função do centro, nega-lhes o direito a um desenvolvimento integral. Isto é desigualdade, e a desigualdade gera violência que nenhum recurso policial, militar ou dos serviços secretos será capaz de deter. Digamos NÃO às velhas e novas formas de colonialismo. Digamos SIM ao encontro entre povos e culturas. Bem-aventurados os que trabalham pela paz. Aqui quero deter-me num tema importante. É que alguém poderá, com direito, dizer: «Quando o Papa fala de colonialismo, esquece-se de certas ações da Igreja». Com pesar, vo-lo digo: Cometeram-se muitos e graves pecados contra os povos nativos da América, em nome de Deus. Reconheceram-no os meus antecessores, afirmou-o o CELAM e quero reafirmá-lo eu também. Como São João Paulo II, peço que a Igreja «se ajoelhe diante de Deus e implore o perdão para os pecados passados e presentes dos seus filhos».[6] E eu quero dizer-vos, quero ser muito claro, como foi São João Paulo II: Peço humildemente perdão, não só para as ofensas da própria Igreja, mas também para os crimes contra os povos nativos durante a chamada conquista da América. Peço-vos também a todos, crentes e não crentes, que se recordem de tantos bispos, sacerdotes e leigos que pregaram e pregam a boa nova de Jesus com coragem e mansidão, respeito e em paz; que, na sua passagem por esta vida, deixaram impressionantes obras de promoção humana e de amor, pondo-se muitas vezes ao lado dos povos indígenas ou acompanhando os próprios movimentos populares mesmo até ao martírio. A Igreja, os seus filhos e filhas, fazem parte da identidade dos povos na América Latina. Identidade que alguns poderes, tanto aqui como noutros países, se empenham por apagar, talvez porque a nossa fé é revolucionária, porque a nossa fé desafia a tirania do ídolo dinheiro. Hoje vemos, com horror, como no Médio Oriente e noutros lugares do mundo se persegue, tortura, assassina a muitos irmãos nossos pela sua fé em Jesus. Isto também devemos denunciá-lo: dentro desta terceira guerra mundial em parcelas que vivemos, há uma espécie de genocídio em curso que deve cessar. Aos irmãos e irmãs do movimento indígena latino-americano, deixem-me expressar a minha mais profunda estima e felicitá-los por procurarem a conjugação dos seus povos e culturas segundo uma forma de convivência, a que eu chamo poliédrica, onde as partes conservam a sua identidade construindo, juntas, uma pluralidade que não atenta contra a unidade, mas fortalece-a. A sua procura desta interculturalidade que conjuga a reafirmação dos direitos dos povos nativos com o respeito à integridade territorial dos Estados enriquece-nos e fortalece-nos a todos. 3.3 A terceira tarefa, e talvez a mais importante que devemos assumir hoje, é defender a Mãe Terra. A casa comum de todos nós está a ser saqueada, devastada, vexada impunemente. A covardia em defendê-la é um pecado grave. Vemos, com crescente decepção, sucederem-se uma após outra cimeiras internacionais sem qualquer resultado importante. Existe um claro, definitivo e inadiável imperativo ético de actuar que não está a ser cumprido. Não se pode permitir que certos interesses – que são globais, mas não universais – se imponham, submetendo Estados e organismos internacionais, e continuem a destruir a criação. Os povos e os seus movimentos são chamados a clamar, mobilizar-se, exigir – pacífica, mas tenazmente – a adoção urgente de medidas apropriadas. Peço-vos, em nome de Deus, que defendais a Mãe Terra. Sobre este assunto, expressei-me devidamente na carta encíclica Laudato si’. 4. Para concluir, quero dizer-lhes novamente: O futuro da humanidade não está unicamente nas mãos dos grandes dirigentes, das grandes potências e das elites. Está fundamentalmente nas mãos dos povos; na sua capacidade de se organizarem e também nas suas mãos que regem, com humildade e convicção, este processo de mudança. Estou convosco. Digamos juntos do fundo do coração: nenhuma família sem teto, nenhum camponês sem terra, nenhum trabalhador sem direitos, nenhum povo sem soberania, nenhuma pessoa sem dignidade, nenhuma criança sem infância, nenhum jovem sem possibilidades, nenhum idoso sem uma veneranda velhice. Continuai com a vossa luta e, por favor, cuidai bem da Mãe Terra. Rezo por vós, rezo convosco e quero pedir a nosso Pai Deus que vos acompanhe e abençoe, que vos cumule do seu amor e defenda no caminho concedendo-vos, em abundância, aquela força que nos mantém de pé: esta força é a esperança, a esperança que não decepciona. Obrigado! E peço-vos, por favor, que rezeis por mim. [1] JOÃO XXIII, Carta enc. Mater et Magistra (15 de Maio de 1961), 3: AAS 53 (1961), 402. [2] PAULO VI, Carta enc. Popolorum progressio, 14. [3] PONTIFÍCIO CONSELHO «JUSTIÇA E PAZ», Compêndio da Doutrina Social da Igreja, 157. [4] V CONFERÊNCIA GERAL DO EPISCOPADO LATINO-AMERICANO E DO CARIBE (2007), Documento de Aparecida, 66. [5] JOÃO PAULO II, Exort. ap. pós-sinodal Ecclesia in Africa (14 de Setembro de 1995), 52: AAS 88 (1996), 32-33. Cf. IDEM, Carta enc. Sollicitudo rei socialis (30 de Dezembro de 1987), 22: AAS 80 (1988), 539. [6] JOÃO PAULO II, Bula Incarnationis mysterium, 11.

segunda-feira, 6 de julho de 2015

Francisco chega ao Equador: Dou graças a Deus por me permitir voltar á América Latina

"COM DEUS É POSSÍVEL VIVER TODAS AS SITUAÇÕES"

Bom dia ! Para hoje, dia 06 de julho de 2015: "COM DEUS É POSSÍVEL VIVER TODAS AS SITUAÇÕES" É importante analisar, rever, reconsiderar, antes de tomar decisões. Porém, questionar coisas inevitáveis ou já acontecidas, é perda de tempo. Certas situações, ou melhor, todas as situações, podem ser vividas com Deus presente em nossa vida. Deus não se ausenta nas horas difíceis. Ao contrário! É quando está mais próximo de nós. Sua proximidade é tanta, que nos impede de percebê-Lo. Em momentos difíceis, deve prevalecer a fé. Fé em sua presença, em sua ação, em sua intervenção e sobretudo, em sua solução. Muitas vezes, o nosso desespero é porque a nossa solução não é a mesma de Deus. No jogo de sua vontade, devemos manter acesa a chama do amor e a fé em sua presença. Abraços, Apolonio

domingo, 5 de julho de 2015

FAZER VENCER O BEM SOBRE O MAL

FAZER VENCER O BEM SOBRE O MAL Procurei passar o dia com o propósito de fazer prevalecer o Bem. Como é difícil ser constante! São pequenos julgamentos, externados ou não; momentos de impaciência; o comodismo; ou achar-se melhor que os outros. Momentos durante o dia, onde tive que dar um passo interior e ratificar a intenção de fazer o Bem vencer o mal. À noite, junto com um dos companheiros de comunidade, fomos ao aniversário de um amigo. Ao estacionarmos, fomos pegar algo no bagageiro e outro carro parou logo atrás de forma brusca, o que me assustou. Olhei para a pessoa, mas imedIatamente me tranquilizei. Ao passar para o outro lado da rua escutei o senhor me xingando e isultando, porque não tinha gostado que eu tivesse olhado para ele. Gritava que não era ladrão e dizia um monte de palavrões. O meu primeiro pensamento foi de reagir na mesma medida, mas lembrei de fazer prevalecer o Bem. Me recoloquei na paz e fiz interiormente uma oração por ele, pedindo a Deus que lhe desse serenidade. Aproveitei a noite de festa com os amigos e ao chegar em casa, agredeci a Deus por me ter dado a oportunidade de reafirmar o propósito feito pela manhã. Abraços, Apolonio

sábado, 4 de julho de 2015

Mensagem do Papa Francisco ao Paraguai, Equador e Bolívia

Uma religiosa que luta contra a corrupção e o crime organizado na Argentina

"FAZER VENCER O BEM SOBRE O MAL"

Bom dia ! Para hoje, dia 04 de julho de 2015: "FAZER VENCER O BEM SOBRE O MAL" Para fazer o Bem prevalecer sobre o mal, devemos começar por nós, eliminando do próprio coração todos os males que fazem morrer nossa alma. O primeiro passo para conseguir isso, é crer na misericórdia de Deus. O segundo e decisivo passo, é deixar que Jesus aja em nossa vida, vivendo as suas Bem Aventuranças: Felizes os pobres em espírito, os que choram, os mansos, os que tem fome e sede de justiça, os misericordiosos, os puros de coração, os pacificadores, os que sofrem perseguição por causa da justiça.(Mateus, 5) Absurdo e sinal de fraqueza para o mundo, mas fortaleza e garantia de vitória para quem crê no Bem e vive segundo a mentalidade de Deus. Abraços, Apolonio

sexta-feira, 3 de julho de 2015

"SUPERAR A INCERTEZA DO FUTURO"

Bom dia ! Para hoje, dia 03 de julho de 2015: "SUPERAR A INCERTEZA DO FUTURO" Só podemos vencer a incerteza do futuro com a certeza do presente. Nada nem ninguém pode antecipar o que vai acontecer daqui a alguns instantes, nem prever o amanhã. Vale a pena fazer o bem no agora e aprofundar as raízes no momento presente, para que seja um fragmento de eternidade. Ali está o dom da vida, a força do amor, a razão do existir e a beleza do ser. Único e irrepetível. As emoções se repetem, mas não o momento. Não podemos esperar um momento ideal para viver, só temos o agora, essa é nossa única certeza. Portanto, amar a Deus no irmão hoje, agora. E repetir-lhe com fé: "Meu Senhor e meu Deus." Abraços, Apolonio

quarta-feira, 1 de julho de 2015

PALAVRA DE VIDA DE JULHO DE 2015

PALAVRA DE VIDA, julho de 2015. from João Manoel Motta on Vimeo.

A influencia do Vaticano na diplomacia global

Revolução no Vaticano - Papa Francisco 2015

Papa Francisco anunciará la data de canonização dos pais de Santa Terezinha de Lisieux

Acordo entre o Vaticano e Palestina poderia ser um modelo para outros países.

"ENTREGAR TUDO A DEUS"

Bom dia ! Para hoje, dia 01 de julho de 2015: "ENTREGAR TUDO A DEUS" Geralmente, falamos de entregar tudo a Deus com a resignação de quem está diante do inevitável. Não é errada essa atitude, porém, é como se não tivéssemos outra saída. Hoje, proponho entregarmos a Deus realmente tudo: nosso sucesso, nossa segurança, tudo que está bem, todas as facilidades, todo o bem estar, a saúde, o bom trabalho que temos, a família unida, os filhos saudáveis, nossos projetos bem sucedidos. Tudo, sem deixar nada de fora. Entregar tudo e por fim, também nossos problemas e nossas dores. Em Deus também encontramos tudo. Portanto, tudo que a Ele entregamos, nele reencontramos revestido de sua Luz. ​Abraços, Apolonio​

"Marta, Marta! Tu te preocupas e andas agitada com muitas coisas. No entanto, uma só é necessária. (Lc 10,41-42)

Olá Pessoal, "Marta, Marta! Tu te preocupas e andas agitada com muitas coisas. No entanto, uma só é necessária. (Lc 10,41-42) Essa foi a Palavra de Vida para o mês de junho. Todas as frases e comentários da Senha do dia desse mês, foram relacionadas a essa citação do Evangelho, para nos ajudar a vivê-la melhor. Como havia prometido, envio em anexo, algumas das experiências que me chegaram, quando propus de fazermos uma partilha de como estamos vivendo essas mensagens. Foram muitas as que recebi. Tive que fazer uma seleção, para não ficar cansativo. Que nos sirva de incentivo para viver ainda mais intensamente esse mês de julho com a Palavra de Vida que é: "Tende Coragem! Eu venci o mundo."(Jo 16,33) Depois enviarei o Power Point. Todas as frases desse mês serão relacionadas a ela. Boa leitura! Aguardo novas experiências. Abraços, Apolonio