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terça-feira, 30 de maio de 2017

Marco Tecilla, o primeiro focolarino, falecido em 08.05.2017

Caríssimos e caríssimas, No fim da tarde do dia 8 de maio, festa de Nossa Senhora, comuniquei a notícia da repentina chegada ao Céu de Marco Tecilla, o primeiro focolarino. Marco deixa em todos nós a marca do radicalismo dos pri- meiros tempos com a sua fortaleza e fé no carisma, com a pureza da sua vida evangélica. Até o fim, tinha no coração o constante desejo de se doar pela Obra, em especial à formação das novas gerações, para transmitir íntegra a herança de Chiara. Em seguida, muito mais será escrito sobre ele. Entretanto anexo, para vocês, trechos do per- fil lido no funeral que celebramos em Castel Gandolfo numa sala lotada e comovida. No Ressuscitado, que une Céu e terra, permaneçamos em oração, certos da sua ajuda. Síntese do perfil Marco é o primeiro focolarino, o primeiro que seguiu Chiara e o fez do primeiro ao último dia com aquela retidão e integridade que todos nós reconhecemos nele: uma pessoa sempre pronta a aderir com alegria e autenticidade à Vontade de Deus. A família Tecilla era uma família simples: o pai, Joaquim, era padeiro, a mãe, Vitoria, enfer- meira. Depois da guerra se estabeleceram no bairro Cervara, na Rua dos Capuchinhos, logo acima do convento, a 100 metros do internato onde Chiara se consagrou em 1943. Marco nasceu em 1926, último de quatro filhos: Maria, Ezio, Riccardo (que partiu para o Céu em 2012 aqui no focolare de Villa Emilio). Passou uma infância serena e vivaz. Aos 14 anos, ao ter- minar o curso profissionalizante, começou a trabalhar como aprendiz numa empresa comercial. Em janeiro de 1943, o pai, após uma longa doença, recebeu de padre Casimiro a unção dos enfermos e, antes de morrer, expressou o desejo de que os filhos se tornassem terciários francisca- nos. Marco escreveu: “Uma semana depois do funeral, meu irmão Ricardo e eu, conforme o desejo deixado pelo papai, recebemos a vestição de terciário, ali perto, na igreja dos Capuchinhos, en- quanto minha irmã Maria já era terciária há vários anos”. Chegou a guerra. Marco conseguiu evitar a convocação para o exército, e desempenhou um serviço civil em Cismon del Grappa. Foram mo- mentos terríveis, correu o risco de ser morto por um soldado da SS, mas foi salvo por uma ‘vovó’ (que falava alemão) que o hospedou. Enquanto isso, graças ao irmão Ricardo, foi contratado pela ferrovia Trento-Malé, enquanto sua irmã, Maria, se empregou (salvando-se assim da deportação) como camareira na Obra Seráfica, que era o Colégio dos Capuchinhos onde Chiara lecionava. A propósito de Maria, em casa percebiam que, apesar dos bombardeamentos, queria participar continuamente de encontros, retiros, procu- rava roupas para os pobres, demonstrava uma insólita generosidade. Rocca di Papa, 11 de maio de 2017 Depois da guerra, Marco viveu uma certa crise espiritual: “Onde receber nova linfa? No fim de 1945... pensei em fazer uma visita àquele frade capuchinho que nos acolheu na Ordem Terceira e que tinha assistido o meu pai em seus últimos momentos terrenos. Fui acolhido afetuosamente e ele logo me convidou para participar de uma breve meditação que fazia todas as quartas-feiras de manhã após a Missa das 6h30 a um grupo de jovens. Eram palavras de fogo. Tudo ressoava na minha alma como uma novidade. Eram temas simples, mas profundos e evangélicos...”. “Naquela quarta-feira de manhã, o padre nos dirigiu o convite para um encontro na sala cardeal Massaia para o sábado seguinte às 14h30. No sábado fui pontualmente ao encontro”. Quando Marco chegou ali, percebeu imediatamente que o encontro para o qual tinha sido convidado era feito pelas amigas de sua irmã Maria, que ele considerava exageradas e um pouco fanáticas. Queria se levantar e ir embora, mas estava sentado numa tal posição que seria indelicado sair e, por educação, permaneceu. Após a oração do frei Casimiro, “a animadora do grupo, Chiara Lubich, tomou a palavra. Ela falava de Deus com fervor e convicção que não deixavam dúvidas. De- pois de uma certa luta interior... percebi que estava com o queixo apoiado no punho e os olhos fixos em Chiara”. Assim começou a nova aventura de Marco que, dia após dia, era chamado na casa da Praça dos Capuchinhos para pequenos reparos e ali ele respirava o clima sobrenatural daquelas criaturas que tinham Deus como Pai e Jesus como Mestre. Ele escreveu: “Uma noite tive que fazer um con- serto que levou mais tempo que o normal, Chiara estava costurando, sentada ao lado da mesa, outra arrumava a louça. Quando terminei o trabalho desci da escadinha e, para minha surpresa, Chiara me convidou para sentar um pouco para descansar. Timidamente, me sentei do outro lado da mesa, sem palavras. Foi neste ponto que Chiara, levantando os olhos para mim, começou a falar... Falava comigo, Marco, um operário ... ela me falou sobre Jesus, daquele Jesus em que eu acreditava, mas que sentia distante, embora me considerasse um cristão fervoroso. Se Jesus vivesse hoje – continuou Chiara – neste século XX, seria Jesus, 24 horas por dia, que trabalha, que reza, que come, que des- cansa... hoje seria um Jesus eletrotécnico, como você... Esta nova visão cristã me atordoou. Vi o meu passado – que sempre considerei bom – desmoronar como um edifício atingido pelas bombas e senti uma certa angústia. Ao mesmo tempo, via se abrir diante de mim um horizonte novo, cheio de luz. Quando saí da casa, o céu estava constelado de estrelas e eu parei – encostado num murinho – tentando perscrutar a abóbada celeste para encontrar o olhar misterioso de Deus e agradecer-lhe. Estava começando uma nova vida para mim, eu tinha que virar a página e me abandonar nos braços daquele Deus que tinha se manifestado a mim como AMOR”. Marco aderiu totalmente ao Ideal. Procurou vivê-lo no mundo do trabalho e nos relaciona- mentos, num constante diálogo com Chiara que um dia lhe revelou “o segredo delas”: “Eu queria sinceramente amar a Deus, mas experimentei o peso da minha natureza que, mais de uma vez, me tinha tentado a desistir de tudo. Agora intuía que com Jesus crucificado e abandonado eu consegui- ria vencer todas as dificuldades”. Esta luz exerceu em Marco um efeito 'fulgurante' e fez com que entrasse em crise a sua maneira de ver o mundo e os seus projetos, inclusive formar uma boa família cristã. Começou um período de névoas. Dirigiu-se a padre Casimiro que o escutou por alguns minutos e, em seguida, lhe pediu para esperar: foi até a escrivaninha, escreveu uma carta e lhe disse: “Leve esta carta para Chiara”. Marco bateu no no 2 da Praça dos Capuchinhos, Chiara abriu a porta e ele lhe entregou a carta. Chiara leu a carta na frente dele, sorriu, e lhe disse para voltar depois de uma hora. O mistério se tornava cada vez mais denso... Uma hora que não acabava nunca e Marco, que não tinha relógio, perguntava continuamente a hora a todos os que passavam. Finalmente bateu à porta e de novo foi Chiara que abriu, também com uma carta: “Esta é para você”, lhe disse. Marco voltou para casa e leu: “Chiara tinha acertado em cheio... se queres ser perfeito, vai, vende tudo o que tens e dá aos pobres, depois vem e segue-me. Seguir Jesus, este é o meu caminho”. Foi assim que, depois de algumas peripécias por causa do serviço militar – na noite de 27 de novembro de 1948 – na Rua Antônio de Trento, no 13, num dos quartos da família Agostini, nasceu o primeiro focolare masculino que, em junho do ano seguinte, se transferiu para um depósito de lenha, usado como galinheiro, que ficava no quintal da mesma casa. Naquela noite, junto com Lívio, outro focolarino com quem começou, por volta da meia-noite, abriram ao acaso o Evangelho e a primeira frase que leram foi: “... e vós que me seguistes ... recebereis o cêntuplo nesta vida e a vida eterna”. “Fechamos o evangelho e os nossos olhos se encontraram, expressando a infinita gratidão ao amor de Deus, que tão abundantemente nos tinha amado. Começava assim uma nova, divina aventura”. Poucos dias depois, Chiara deixou Trento definitivamente. “Eu estava em focolare há uma semana e tive a impressão de que o sol se punha, mas não tínhamos escolhido Jesus abandonado?” E dois meses depois Chiara chamou Lívio para Roma, de modo que não só ficou sem Chiara, mas também sem o companheiro de focolare: “Mas não tínhamos escolhido Jesus abandonado?” Em setembro de 1950, Chiara pediu para Marco, que fosse abrir o focolare em Turim e ele ficou lá um ano. Depois, em três anos, esteve em Roma, em Milão e em Siracusa. Em 1953 por alguns meses foi abrir o focolare em Innsbruck, depois esteve em várias cidades italianas até 1958, quando em outubro com Lia e Fiore fazem uma viagem para sondar como eram as terras do Uruguai, Argen- tina, Brasil e Chile. Em 1960 voltou para a Itália, com destinação a Trieste, e depois esteve em Za- greb. Após um período em Siracusa, em 1964 o encontramos aqui no Centro onde, no dia 22 de novembro foi ordenado sacerdote junto com Maras Zirondoli, por dom Stimpfle, na capela do então Centro Mariápolis. Como jovem sacerdote, voltou para o Brasil de 1964 a 1967, depois ficou um ano no Centro, com padre Foresi e voltou de novo ao Brasil de 1967 a 1971. Marco entrou profundamente em sintonia com o povo daquela grande nação, difundindo o Ideal com luminosidade e muitos frutos. Até os seus últimos dias, assim que encontrava um brasileiro, com naturalidade e alegria falava em português. Depois de um ano de descanso, começou uma nova experiência nos focolares do Sul da Itália de 1972 a 1978: está à disposição de todos, viajando com uma pequena mala, onde levava só o essencial, desejando ser uma presença de serviço, de escuta, de comunhão, um pai... e foi mesmo isso para muitos, além de ser irmão e mãe. Muitos testemunham como entrou em muitos corações! Ficou no sul da Itália até setembro de 1978, quando Chiara o mandou a Milão, onde até então estava Bruno Venturini, com a tarefa: de uma região fazer 3, Piemonte, Lombardia e Emilia Romagna. E disse em tom de brincadeira: “Nós que somos aqueles da unidade... e me mandaram para dividir as regiões...”. Três anos depois, partiu para o Triveneto, primeiro em Pádua e depois na sua Trento para onde voltou depois de 31 anos. Reencontrou muitos daqueles dos primeiros tem- pos, um novo Centro Mariápolis que estava nascendo e uma cidade pronta para acolher o projeto de “Trento Ardente” que Chiara lançou em junho de 2001. Uma noite, no dia 31 de dezembro de 2001, chegou um telefonema: Enzo Fondi tinha partido de repente para o Céu e Chiara imediatamente pediu que Marco tomasse o lugar dele no Centro para seguir o aspecto da Vida espiritual e Oração. Marco juntou as suas poucas coisas e chegou ao focolare de Chiaretto, Oreste, Fons, Fede, Bruno, Turnea, ao lado do focolare de Chiara. É famosa a história destes últimos anos nos quais, entre outras coisas, emergiu o seu incan- sável empenho para dar as aulas de Espiritualidade aos jovens focolarinos e focolarinas e aos mem- bros de todas as escolas. Marco semeou amor em muitas partes do mundo, fez nascer a unidade entre pessoas de todas as condições sociais e culturais. Foram inúmeras as pessoas que passaram para visitá-lo e, de modo especial desde quando, há um ano, pequenos AVCs deixaram sequelas em vários níveis. Nesta nova fase, si aprofundou a vida de unidade no focolare, com um amor recíproco cada vez mais forte. Quando no dia 8 de maio, repentinamente se agravou, se viu um Marco “cintilante” de amor. Com os seus olhos luminosos parecia envolver todos e tudo, inclusive o médico, como que dizendo que o importante era que entre nós estivesse o Amor por excelência: Deus. Vamos concluir com trechos tirados de uma entrevista de 2008 na qual, a poucos dias da morte de Chiara, Marco descreveu o seu relacionamento com ela e como via o futuro do Movi- mento. “Quem cuidou de mim, quem me deu o leite do Ideal diretamente foi Chiara. Num primeiro período, por ignorância, por falta de conhecimento, eu não era muito favorável às focolarinas, eu as via um pouco como fumaça nos olhos. Ao invés, quando me encontrei diante de Chiara, isto desapa- receu completamente e graças a estes pequenos serviços que eu podia fazer nesta casinha da praça dos Capuchinhos, tive a possibilidade de poder seguir os seus ensinamentos, realmente de a a z, palavra por palavra, frase por frase do Evangelho, conselhos e correções, etc. E portanto, foi real- mente uma mãe que me gerou para uma vida nova e, ao mesmo tempo, também me nutriu com a luz do Ideal, da sabedoria. Portanto, sempre tive um relacionamento mesmo de um filho com a mãe, assim, muito simples. E depois, nós, trentinos, também somos... não é que nos expressamos muito, mas havia realmente esta ligação... Cantávamos, na praça dos Capuchinhos, fazíamos duas-três vo- zes, assim, juntos, ela, a Natália. Portanto, um relacionamento, eu diria, de plena simplicidade. É o que sempre me fascinou”. Pois é, agora que Chiara... Eu não diria que não existe mais. (...) Portanto, sinto que não está aqui, esta é uma realidade que não se pode negar fisicamente, porém, sinto que aquela promessa que nos fez de que, quando partir (...) estará presente na Obra (...), pois bem, sinto que esta é uma realidade profunda que existe, que existe. Eu, inclusive nas Missas que celebrei, que celebro, quase não consigo rezar por ela morta, mas rezar a ela viva, que ajude a todos nós. Esta é, um pouco, a sensação que experimento na alma. Por isso, também vir aqui ao Centro ou ficar em casa, olho para lá, para a casa de Chiara – da minha janela vejo a casa de Chiara –, mas é como... está aqui, está aqui. Eu a sinto, uma presença contínua, constante”. “Portanto, rezo a Deus que mantenha a mão sobre a minha cabeça, no sentido da saúde, para transmitir aquela rica bagagem que Chiara me transmitiu, poder transmiti-la, oferecendo-a aos novos dirigentes da Obra que virão. Certamente não é que vamos nos aposentar, porque a aposen- tadoria, para nós, significa a morte. É claro, sabemos que, mesmo se doentes, podemos sempre tra- balhar para a Obra. Mas o meu desejo é: enquanto tiver um pouco de fôlego, um pouco de respira- ção, poder como que doar tudo de mim mesmo para essas novas gerações que depois deverão levar tudo para a frente”. “Portanto seguro, certo, pela experiência, pela certeza interior, pela fé, por ter visto esta vida, tenho certeza de que irá em frente, e dará os frutos e mais ainda, como Jesus disse aos seus: “E fareis coisas ainda maiores do que as minhas”, tenho certeza de que quem vier também depois de nós, fará coisas ainda maiores do que as nossas, justamente pela riqueza que é transmitida pelo carisma, que jamais morrerá”.

PARA MAIO teremos: “Como o Pai me enviou também eu vos envio.” (Jo 20,21)

“Como o Pai me enviou também eu vos envio.” (Jo 20,21) Nos dias que se seguiram à crucifixão de Jesus, os seus discípulos fecharam-se em casa, assustados e desorientados. Eles o tinham seguido pelas estradas da Palestina, enquanto anunciava a todos que Deus é Pai e ama com ternura a cada pessoa! Jesus tinha sido mandado pelo Pai não só para testemunhar com a vida essa grande novidade, mas também a fim de abrir à humanidade o caminho para encontrar Deus; um Deus que é Trindade, comunidade de amor em si mesmo e quer acolher nesse abraço as suas criaturas. Durante a sua missão, muitos viram, ouviram e experimentaram a bondade e os efeitos dos seus gestos e das suas palavras de acolhimento, perdão, esperança... De repente, Ele é condenado e crucificado. É nesse contexto que o Evangelho de João nos conta como Jesus ressuscita no terceiro dia, aparece aos seus e os envia para prosseguir a sua missão: “Como o Pai me enviou também eu vos envio.” É como se ele lhes dissesse: “Lembram-se de como partilhei com vocês a minha vida? Como eu saciei a sua fome e sede de justiça e de paz? Como eu curei os corações e os corpos de muitos marginalizados e rejeitados da sociedade? Como eu defendi a dignidade dos pobres, das viúvas, dos estrangeiros? Agora, continuem vocês: anunciem a todos o Evangelho que receberam, anunciem que Deus quer que todos o encontrem e que todos vocês são irmãos e irmãs”. Toda e qualquer pessoa, tendo sido criada à imagem de Deus Amor, já tem no coração o desejo do encontro com Ele; todas as culturas e todas as sociedades tendem a construir relações de convivência. Mas quanto esforço, quantas contradições, quantas dificuldades para atingir essa meta! Essa profunda aspiração se embate todo dia com as nossas fragilidades, com nossos fechamentos e medos, as desconfianças e os julgamentos que fazemos uns dos outros. Mesmo assim, o Senhor, confiante, continua dirigindo-nos hoje o mesmo convite: “Como o Pai me enviou também eu vos envio.” Como podemos viver durante este mês um convite tão ousado? Será que a missão de promover a fraternidade numa humanidade frequentemente dilacerada não é uma batalha já perdida, ainda antes de começar? Por nós mesmos jamais conseguiríamos isso. E foi por esse motivo que Jesus nos deu um dom especialíssimo, o Espírito Santo, que nos sustenta no empenho de amar cada pessoa, mesmo que se trate de um inimigo. O Espírito Santo – recebido no Batismo [...] – sendo espírito de amor e de unidade, fazia de todos os fiéis uma só coisa com o Ressuscitado e entre si, superando todas as diferenças de raça, de cultura e de classe social [...]. É por causa do nosso egoísmo que se constroem as barreiras com as quais nos isolamos e excluímos quem é diferente de nós. [...] Procuraremos, portanto – escutando a voz do Espírito Santo –, crescer nessa comunhão [...], superando os germes de divisão que trazemos dentro de nós. [1] Com a ajuda do Espírito Santo, vamos lembrar e viver também nós, neste mês, as palavras do amor em cada pequena ou grande ocasião de relacionamento com os outros: acolher, escutar, sentir sua dor, dialogar, encorajar, incluir, dedicar atenção, perdoar, valorizar...: assim viveremos o convite de Jesus a continuar a sua missão e seremos canais daquela vida que Ele nos doou. Como conta Chiara Lubich, foi isso que experimentou um grupo de monges budistas durante uma visita à Mariápolis permanente internacional de Loppiano, na Itália, onde os seus 800 habitantes procuram viver com fidelidade o Evangelho. Os budistas ficaram profundamente tocados pelo amor que nasce do Evangelho, que eles não conheciam. Um deles conta: “Eu colocava meus sapatos sujos fora da porta; de manhã eu os encontrava limpos. Colocava minha túnica suja fora da porta; no outro dia eu a encontrava lavada e passada. Eles sabiam que eu sentia frio, porque venho do Sudeste asiático; então aumentavam a temperatura do aquecedor e me davam cobertores... Um dia perguntei: ‘Por que vocês fazem isso?’ ‘Porque estimamos, queremos bem a vocês’, foi a resposta”. Esta experiência abriu o caminho para um verdadeiro diálogo entre budistas e cristãos. Letizia Magri [1] Cf. Chiara Lubich, Palavra de vida – Unidade e partilha, revista Cidade Nova, janeiro de 1994.

"VER CADA IRMÃO COMO UM DOM"

Bom dia ! 30 de maio de 2017 "VER CADA IRMÃO COMO UM DOM" Tudo concorre para o bem daqueles que amam a Deus.(Rom 8,28) É fácil entender que o irmão é um dom quando ele nos faz o bem, quando ele nos doa tudo o que tem de bom. Mas, quando ele nos faz um mal, como pode ser um dom? Se um irmão te faz sofrer de alguma maneira, esse sofrimento é uma cruz e a cruz é motivo de santificação, isso é um dom. Isso não nos impede de denunciar e de nos defender de injustiças, mas nos faz aproveitar todos os momentos de nossa vida colhendo o positivo que existe em tudo. A vida em si é sempre um dom, nos momentos alegres e nos momentos tristes e tudo coopera para nosso bem se entendermos que o amor de Deus cobre tudo. O amor de Deus sublima o martírio, a perseguição, a incompreensão e a condenação injusta. Por esse ponto de vista o irmão é sempre um dom para nós. Abraços, Apolonio Carvalho Nascimento apoloniocnn@gmail.com Links: Blogg: parolafocolare.blogspot.com.br Site: www.focolares.org.br