Minha lista de blogs

Total de visualizações deste nosso ambiente:

sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

VEJAM E CONHEÇAM A ARQUIDIOCESE DE BELO HORIZONTE.

Em 2011, 26 missionários perderam a vida em circunstâncias violentas.

En 2011, 26 misioneros perdieron la vida en circunstancias violentas

“O parto de uma canção” de HUMBERTO PEREIRA - José Alberto da Fonseca e Dedé Paraíso.

A VONTADE DE DEUS

A VONTADE DE DEUS
O segundo ponto da espiritualidade do Movimento dos Focolares sobre o qual vamos refletir, nesta tarde, trata sobre a Vontade de Deus. Deus pronunciou um sim ao homem: Deus ama o homem.
Desde o início, Chiara Lubich e o primeiro grupo de pessoas que a seguiu compreendeu que este sim, pronunciado por Deus, solicitava um sim do homem. Se Deus nos amava, dizia Chiara, não podíamos deixar de responder ao Seu amor.
Em seu livro O sim do homem a Deus, Chiara explica o que significa para nós, do Movimento, amar a Deus. Gostaria de apresentar, sinteticamente, as idéias chaves deste seu livro.
“Tínhamos escolhido Deus, que nos manifestou aquilo que Ele é: Amor.
E nos perguntamos: e nós, da nossa parte, o que podemos fazer para amar a Deus? Recordamo-nos das palavras da Escritura: “Não quem diz Senhor, Senhor, entrará no Reino dos Céus, mas sim quem faz a vontade de meu Pai” (Mt 7,21). Entendemos que, para amar a Deus, deveríamos fazer a sua vontade.
Possuíamos um grande dom: a liberdade; e nos apercebemos que nada era mais racional para uma criatura, filha de Deus, do que o ato de cedê-la livremente Àquele que nos tinha dado essa liberdade. Daquele momento em diante nos propusemos a conformar a nossa vontade com a vontade de Deus. Queríamos a Vontade de Deus. Desse modo teríamos realmente amado a Deus.
Naquela época – continua Chiara – vivi uma experiência que nos proporcionou um esclarecimento muito importante: em dezembro de 1943, consagrei-me a Deus, na castidade. No Natal daquele ano, durante a missa da meia-noite, percebi no meu coração um chamado de Jesus a dar-lhe tudo. Este tudo não podia significar para mim senão o que normalmente se concebia na época: retirar-se em um daqueles lugares que a Igreja oferecia para melhor alcançar a perfeição. Disse sim a Deus, embora confusa e dilacerada por algo que se rebelava dentro de mim.
Confidenciei esta minha intenção a quem poderia dizer-me uma palavra segura, e esta pessoa me respondeu: “Esta não é a vontade de Deus para você”. Naquele momento, distinguiram-se na minha mente dois conceitos que, até então, na prática, coincidiam: o estado de perfeição e a perfeição.
Entendi que havia certamente, estados de vida mais ou menos perfeitos para alcançar aquele sublime objetivo; mas que a perfeição se alcança somente fazendo a vontade de Deus.
Recordo-me que antes deste fato, tinha a impressão de que uma muralha impedia o meu acesso à santidade. Como encontrar uma saída? E foi justamente nesta circunstância que Deus me iluminou: compreendi que para alcançar a santidade, basta fazer a vontade de Deus. Foi uma descoberta extremamente oportuna e maravilhosa!
Eis então um caminho acessível a todos: homens e mulheres, pessoas cultas e incultas, intelectuais e operários, mães e consagradas, leigos e sacerdotes, jovens e idosos, governantes e cidadãos. Eis o caminho para a santidade, aberto a cada ser humano. Parecia-me ter em mãos o bilhete de acesso à perfeição; não se tratava de um acesso somente para uma elite, mas para as multidões!
Entretanto, quem nos manifestava a vontade de Deus? Tínhamos uma bússola que nos colocava na rota da vontade de Deus: era a voz do nosso íntimo, a voz interior. Habituamo-nos a escutá-la. Às vezes ela nos aconselhava que seguíssemos os mandamentos de Deus, ou os deveres do próprio estado, ou as leis civis… outras vezes, se manifestava nas circunstâncias alegres, dolorosas ou indiferentes da vida.
Quando não entendíamos com clareza a vontade de Deus, agíamos segundo o que nos parecia ser o mais correto, pedindo a Deus que nos reconduzisse ao caminho certo, caso a nossa escolha tivesse sido errada. Adquirimos desse modo uma grande elasticidade na compreensão da vontade de Deus. Além disso, mediante a atuação do amor recíproco, experimentávamos a presença de Deus, de Jesus entre nós; e esta Sua presença como um alto falante, ampliava e nos levava a escutar com maior nitidez a voz de Deus dentro de cada um de nós.
Nos primeiros tempos do Movimento, por causa da guerra, podíamos perder a vida de um momento para o outro; e nos perguntávamos: quando devemos amar a Deus, e fazer a Sua vontade? O único tempo que tínhamos nas mãos era o momento presente. O passado já tinha passado; o futuro não sabíamos se chegaria. Dizíamos: o passado não existe mais, vamos colocá-lo na misericórdia de Deus. O futuro ainda não existe. Vivendo o presente, viveremos bem também o futuro, quando esse se tornar presente. Usávamos o exemplo do trem: assim como um passageiro não fica caminhando para a frente e para trás, no corredor do trem para chegar mais rápido ao destino, mas senta-se e aguarda em seu lugar; do mesmo modo, temos de ficar fixos no presente. O trem do tempo corre por si mesmo. Entendemos que vivendo, presente após presente, chegaremos ao momento do qual vai depender toda a eternidade.
Tínhamos, também, diante de nós a imagem do sol (que representa a vontade de Deus em geral) com os raios (a vontade de Deus particular para cada pessoa). Pensávamos: cada um de nós caminhava num raio, distinto do raio do irmão, mas sempre sobre um raio de sol, isto é, na vontade de Deus. Todos, portanto, fazíamos uma única vontade – a vontade de Deus –, mas que era diferente para cada pessoa. Quanto mais os raios se aproximam do sol, mais se aproximam entre si – estava aqui já presente a idéia da unidade! Nós também – quanto mais nos aproximamos de Deus –, cumprindo, cada vez mais perfeitamente a Sua divina vontade, tanto mais nos aproximamos entre nós; até que sejamos todos um!
Assim, tudo em nossas vidas começava a mudar; como por exemplo, os relacionamentos. Antes, procurávamos amar quem nos agradava; mas depois, passamos a nos relacionar com todas as pessoas que a vontade de Deus consentia e permanecíamos com elas enquanto fosse da sua vontade.
Estar completamente projetados na vontade de Deus de cada instante leva-nos, consequentemente, ao desprendimento das coisas e do nosso eu; desapego este não tanto procurado intencionalmente – porque procurávamos somente a Deus –, mas encontrado de fato. Assim – conclui Chiara – dia após dia, íamos tecendo um magnífico bordado”.

Hoje podemos contemplar este bordado: trata-se da maravilhosa obra de fraternidade universal que une, num mesmo amor, pessoas do mundo inteiro; um povo guiado pela luz de Deus ou por aqueles valores que mantêm elevada a dignidade de todo homem e de toda mulher de boa vontade.



Enzo Fondi[1]


[1] Participou do primeiro núcleo de pessoas que compartilhou a experiência espiritual de grande envergadura social de Chiara Lubich que deu origem ao Movimento dos Focolares.

Lo mejor de 2011. Octubre: El Papa reúne a líderes religiosos en Asís para pedir la paz

Lo mejor de 2011. Octubre: El Papa reúne a líderes religiosos en Asís para pedir la paz