Minha lista de blogs

Total de visualizações deste nosso ambiente:

segunda-feira, 3 de agosto de 2015

O Papa e os Prefeitos: “Escravidão moderna e a mudança climática

LEONARDO BOFF FALA DAS SEMELHANÇAS ENTRE A "CARTA DA TERRA" E A ENCÍCLICA "CUIDADO DA CASA COMUM"

Afinidades entre a encíclica do Papa sobre 'o cuidado da Casa Comum' e a 'Carta da Terra, nosso Lar' Leonardo Boff Adital A encíclica "Cuidado da Casa Comum” e a "Carta da Terra” talvez sejam os dois únicos documentos de relevância mundial que apresentam tantas afinidades comuns. Tratam do estado degradado da Terra e da vida em suas várias dimensões, fora da visão convencional que se restringe ao ambientalismo. Inscrevem-se dentro do novo paradigma relacional e holístico, o único, assim nos parece, capaz de ainda nos dar esperança. A encíclica conhece a Carta da Terra que a cita num dos pontos mais fundamentais: ”atrevo-me a propor de novo o considerável desafio da Carta da Terra: como nunca antes da história, o destino comum nos obriga a procurar um novo começo” (n. 207). Esse novo começo é assumido pelo Papa. Elenquemos algumas dessas afinidades, entre outras. Em primeiro lugar comparece o mesmo espírito que pervade os textos: de forma analítica, recolhendo os dados científicos mais seguros, de forma crítica, denunciando o atual sistema que produziu o desequilíbrio da Terra e de forma esperançadora, apontando saídas salvadoras. Não se rende à resignação mas confia na capacidade humana de forjar um novo estilo de vida e na ação inovadora do Criador, "soberano amante da vida” (Sab 11,26). Há o mesmo ponto de partida. Diz a Carta: ”os padrões dominantes de produção e consumo estão causando a devastação ambiental, a redução dos recursos e uma maciça extinção de espécies” (Preâmbulo, 2). Repete a encíclica: ”basta olhar a realidade com sinceridade para ver que há uma grande deterioração da nossa Casa Comum… o atual sistema atual é insustentável, a partir de vários pontos de vista” (n.61). Há igual proposta. Assevera a Carta: ”São necessárias mudanças fundamentais dos nossos valores, instituições e modos de vida” (Preâmbulo, 3). A encíclica enfatiza: ”Toda aspiração a cuidar e a melhorar o mundo requer mudanças profundas nos estilos de vida, nos modelos de produção e de consumo, nas estruturas consolidadas de poder que hoje regem as sociedades” (n.5). Grande novidade, própria do novo paradigma cosmológico e ecológico, é a afirmação da Carta: ”nossos desafios ambientais, econômicos, políticos, sociais e espirituais estão interligados e juntos podemos forjar soluções inclusivas” (Preâmbulo, 3). Há um eco desta afirmação na encíclica: ”Há alguns eixos que travejam toda a encíclica: a íntima relação entre os pobres e a fragilidade do planeta, a convicção de que tudo está estreitamente interligado no mundo, o convite a procurar outras maneiras de entender a economia, o progresso, o valor próprio de cada criatura, o sentido humano da ecologia e a proposta de um novo estilo de vida” (n. 16). Aqui vale a solidariedade entre todos, a sobriedade compartida e "passar da avidez à generosidade e à partilha” (n.9). A Carta afirma que "há um espírito de parentesco com toda a vida” (Preâmbulo 4). O mesmo afirma a encíclica: ”Tudo está relacionado e nós, seres humanos caminhamos juntos como irmãos e irmãs…e nos unimos também com terna afeição ao irmão Sol, à irmã Lua, ao irmão rio e à Mãe Terra” (n.92). É a franciscana fraternidade universal. A Carta da Terra enfatiza que é nosso dever "respeitar e cuidar da comunidade de vida… respeitar a Terra em toda a sua diversidade” (I,1). Toda a encíclica, a começar pelo título "cuidar da Casa Comum”, faz desse imperativo uma espécie de ritornello. Propõe "alimentar uma paixão pelo cuidado do mundo” (n. 216) e "uma cultura do cuidado que permeie toda a sociedade " (n.231). Aqui surge o cuidado não como mera benevolência pontual mas como um novo paradigma, amoroso e amigo da vida e de tudo o que existe e vive. Outra afinidade importante é o valor dado à justiça social. A Carta sustenta forte relação entre ecologia com "a justiça social e econômica” que "protege os vulneráveis” e serve "àqueles que sofrem” (n.III,9 c). A encíclica atinge um de seus pontos altos ao afirmar "que uma verdadeira abordagem ecológica deve integrar a justiça para ouvir o grito da Terra e o grito dos pobres” (n.49; 53). Tanto a Carta da Terra quanto a encíclica sublinham contra o senso comum vigente que "cada forma de vida tem valor, independentemente de seu uso para os humanos” (I, 1, a). O Papa reafirma "que todas as criaturas são interligadas e deve ser reconhecido com carinho e admiração o valor de cada uma e todos nós, seres criados, precisamos uns dos outros” (n.42). Em nome desta compreensão faz uma vigorosa crítica ao antropocentrismo (nn.115-120), pois ele apenas vê a relação do ser humano para com a natureza usando-a e devastando-a, e não vice-versa, esquecendo que ele faz parte dela e que sua missão é de ser o seu guardião e cuidador. A Carta da Terra formulou uma definição de paz que é das mais felizes já realizadas pela reflexão humana: ”a plenitude que resulta das relações corretas consigo mesmo, com outras pessoas, com outras culturas, com outras vidas, com a Terra e com o Todo do qual somos parte” (16, f). Se a paz, segundo o Papa Paulo VI, é "o equilíbrio do movimento”, então o "equilíbrio ecológico deve ser "interior consigo mesmo, solidário com os outros, natural com todos os seres vivos e espiritual com Deus” (n.210). O resultado desse processo é a paz perene. Estes dois documentos são faróis que nos guiam nestes tempos sombrios, capazes de nos devolver a necessária esperança da qual ainda podemos salvar a Casa Comum e a nós. Leonardo Boff é colunista do JB online e membro da Iniciativa da Carta da Terra Fonte:Blog do autor

PALAVRA DE VIDA DE AGOSTO

P.VIDA - AGOSTO 2015 2-HD (720p) from João Manoel Motta on Vimeo.

Palavra de Vida, agosto de 2015. Frase extraída da carta de São Paulo aos Efésios, comentada por Fabio Ciardi, com Audiovisual de João Manoel Motta e música "To breathe one’s last" - de Roger Subiranno Mata - Lost Words.

Quem é o fundador dos Jesuitas?

"SER SINCEROS NOS RELACIONAMENTOS COM OS OUTROS"

Bom dia ! Para hoje, dia 03 de agosto de 2015: "SER SINCEROS NOS RELACIONAMENTOS COM OS OUTROS" Lembro-me da letra de uma canção de Tico da Costa que se intitula "Os Cumprimentos". De forma descontraída e direta ele fala de uma cordialidade que falseia a relação com os outros. Todos se cumprimentam, mas ninguém se importa de verdade com o outro. É o fruto de um egoísmo, que nos impede de nos abrirmos aos outros, acolhendo-os com sincera disposição a estabelecer uma relação fraterna. O amor puro, com gestos simples e recíproco é o relacionamento mais verdadeiro. Assim, poderemos dizer, como a canção de Tico da Costa: "Bom dia! Boa tarde! Boa noite! Até logo! Até mais tarde!, com amor no coração." Abraços, Apolonio Carvalho Nascimento apoloniocnn@gmail.com Links: