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terça-feira, 24 de junho de 2008

Nosso NONICO JORGE de Peçanha parte para o Céu.





Sr. Antônio Gonçalves Jorge era conhecido com Sr. Nonico, ou Nonico Jorge como ele mesmo fazia questão de enfatizar.
O conheci em uma das Mariápolis de 1977 ou 1978 em Aparecida do Norte, era um apaixonado pelo Carisma da Unidade, em especial por Humanidade Nova, pelas células de ambiente, pois não cansava de repetir “onde dois ou mais”. Já com seus 70 anos de idade naquela época parecia uma criança, inspirado no Carisma da Unidade constituiu a associação dos produtores Rurais da comunidade de Água Branca, em Peçanha. Participava do sindicato dos produtores rurais do município. Era um líder na comunidade e na cidade.
Durante muitos anos fazia reunião mensal da Palavra de Vida lá na Comunidade e ainda participava dos encontros na Cidade.
Participou ininterruptamente, de mais de 20 Mariápolis, deste quando começou a ser realizada na cidade de Divinópolis, sempre ajudando e levando alguém de sua comunidade.
Uma das palavras de Vida que gostava sempre de repetir era “Se o Grão de Trigo não morre...” e sempre nos lembrava “de estarmos unidos onde dois ou mais”.
Quando era convidado para contar suas experiências estava sempre disposto e as contava com sua característica própria de um fazendeiro agricultor sempre otimista, cheio de vida e, sobretudo cheio de experiências vividas. Era contagiante ficar ouvindo suas experiências, sua maneira própria de viver o evangelho, sempre de forma coletiva e familiar. Tinha uma vivacidade própria de um jovem, um sorriso aberto, sincero e contagiava a todos.
Houve uma época que ia para jornada e Mariápolis, encontros de Humanidade Nova e levava consigo seus familiares, suas filhas estavam sempre o acompanhando. Não me lembro quantas filhas teve, mas seguramente mais de dez, dezenas de netos e bisnetos. Uma sua filha mora em Belo horizonte e é aderente.
Há uns dez anos atrás perdeu sua esposa, e já com seus mais de 80 anos foi diminuindo o ritmo, sem deixar de viver intensamente. Acredito que tenha já estava próximo de seus 88, 89 anos!
Sempre que vinha a BH me ligava e nos encontrávamos para termos Jesus em meio e atualizar nossas experiências.
Sua ultima Mariápolis foi à do ano passado, ele estava já meio doente com problemas cardíacos e passou uma temporada fazendo tratamento em Ribeirão Preto onde algumas de suas filhas residem. De lá me ligou para saber a data da Mariápolis, e me disse quero ir a Mariápolis com Você. No dia e hora combinados lá estava ele sempre correto e pontual.
Foi um grande companheiro que me fiquei ligado, sobretudo pela sua simplicidade, pela maneira de fazer unidade facilmente, pelo desejo de mudar a humanidade através do vivencia do evangelho e do carisma da unidade. Tenhamos Jesus em meio!
Ademir Procópio Lage.
J. Roberto: a primeira Mariápolis que o Seu Nonico foi ele participou do meu núcleo, tendo sido eu o seu primeiro “orientador” nos caminhos de Chiara via Mariápolis. Tornamo-nos muito amigos e, inclusive, fui à sua casa na “Comunidade dos Jorge” em Peçanha, quando nos encantamos ao tomar conhecimento de sua liderança ali.
Foi um formidável negociador de interesses comuns e elaborou um trabalho muito interessante e extremamente útil ali. Havia uma grande área de alagados que abrangia uma quantidade bem grande de vizinhos, humildes roceiros, produtores rurais dos mais pobres.
Nonico foi de um em um e convenceu-os a todos de se unirem em uma espécie de cooperativa rural, que foi constituída formalmente e legalmente e, assim, conseguiram um financiamento do governo federal para um trabalho de drenagem das referidas terras.
Surgiu então uma nova terra extremamente fértil e cada pequeno proprietário se tornou um médio proprietário e com uma terra ótima.
Reuniu-os também na orientação das plantações e até na colheita e venda. Venda essa que se fazia aos sábados numa feira livre nas ruas de Peçanha, com licença da prefeitura local e tudo mais.
Foi um líder rural muito inteligente e diligente e tudo conseguia com sua fala mansa, calma, aliada a uma fé incrível na Providência Divina.
Posso até arriscar que levou uma vida santa, eis que pensava e agia mais nos outros e para os outros, sobretudo seus mais próximos. E como é difícil organizar, reunir e fazer uma comunidade progressiva entre parentes!
Certamente tenho fotos e mais algum dado, porém não de fácil acesso no momento.
Um abraço.
Otaviano.

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