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sábado, 13 de junho de 2015

O PAPA AOS PADRES: "o amor de Deus é mais forte do que qualquer terrorismo assassino".

Roma, 12 de Junho de 2015 (ZENIT.org) O Papa Francisco reuniu-se nesta sexta-feira na Basílica de São João de Latrão, com mais de mil sacerdotes provenientes de 90 países dos 5 continentes, que começaram na quarta-feira, 10, o terceiro retiro mundial, que termina no domingo, 14. Depois de quase uma hora de conversa com os sacerdotes na catedral de Roma, o Papa presidiu a Eucaristia e deu aos participantes o mandato missionário. Falando em espanhol, e olhando para os presentes, o Papa disse: "Ver os bispos junto com os sacerdotes é a coisa mais bonita em uma igreja". E lembrou que é necessário que existam sacerdotes e bispos que estejam próximos do povo de Deus. Explicou que "a coragem de Paulo de dizer coisas, a coragem dos apóstolos de discutir entre eles” salvou a Igreja primitiva. E ressaltou a importância de confrontar-se porque “onde não se discute a Igreja está morta. Somente nos cemitério não se discute”. O Santo Padre também falou do "gênio feminino na Igreja" como “uma graça” porque “a Igreja é mulher, é ‘a’ Igreja e não ‘o’ Igreja, é a esposa de Cristo, e a mãe do santo povo de Deus”. "O chamado ao sacerdócio ministerial – disse o Papa aos presentes – é, antes de mais nada, um chamado de amor, vossa resposta é uma resposta de amor”. Por isso é preciso cantar ao Senhor, até mesmo “quando tem tentações”, e quando “você briga com Ele ou quando lhe foi infiel” é necessário “ir a Ele” e dizer-lhe que está sofrendo, deixando correr as lágrimas. “Este será um momento de santidade”, disse. Indicou que “quando um sacerdote está apaixonado por Jesus, dá pra perceber”, porque as pessoas reconhecem, “pelo contrário, quando você é um funcionário com horários fixos”. E exortou aos presentes a "serem misericordiosos com as pessoas” e abrir-lhes o coração a Jesus “deixar-se amar por Jesus”. Entretanto, reconheceu que diante do tabernáculo você pode ficar dormido pelo cansaço acumulado. Se acontece, o Pai olha para o filho que dorme, disse, “não se preocupem, Jesus olha para vocês”. O tabernáculo pode parecer chato, não é a televisão, “mas aí está o amor”. O Santo Padre se perguntou: Quem somos nós? Puritanos?, Por favor, uma Igreja sem Jesus e sem misericórdia, não! Não dispensem as pessoas do povo de Deus. E recordando que um sacerdote em Buenos Aires não queria batizar o filho de uma mãe solteira, indicou: “Quando isso acontece, o sacerdote tem o coração de um burocrata". E fez um apelo: "Misericórdia nas confissões, misericórdia". Em suas palavras aos mais de mil sacerdotes presentes, lembrou os mártires cristãos de hoje, "homens e mulheres que morrem por Jesus", e que os assassinos "não se importam com a diferença entre os cristãos, porque sabem que são uma só coisa". O do sangue “é um ecumenismo que já existe", disse. E exortou-lhes a continuar no caminho do ecumenismo. Concluída a sua reflexão, fizeram-lhe algumas perguntas por continentes. Sobre América Latina lembrou que a pobreza e a miséria são uma realidade concreta. Por isso falou do compromisso da Igreja em evangelizar e promover socialmente as pessoas, como Santo Toribio de Mogrovejo no Peru, tendo o cuidado para não cair em ideologias. Disse que os pastores devem realizar um serviço gratuito, sem servir nem ao poder nem ao dinheiro, sem apegar-se a estes elementos. Respondendo a perguntas da África, anunciou que em novembro deste ano espera fazer sua primeira visita ao continente, passando pela República Centro-Africano e Uganda, embora ainda não confirmado. Concluída as respostas começou a missa solene, em cuja homilia Francisco lembrou que "as pessoas não acompanham as homilias que duram mais do que oito minutos”, que “não é uma conferência nem uma aula de catecismo”. E pediu aos presentes que as façam com uma linguagem que seja “positiva e não proibitiva”, na qual se fale do Reino de Deus, das Bem-aventuranças, do amor que transforma o coração. "Deixem o chicote", disse, que "o amor de Deus é mais forte do que qualquer terrorismo assassino".

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